3º BIMESTRE/2020
PERÍODO DA SEMANA: 1º/09/2020 a 04/09/2020
ATIVIDADE 1 - (2h/a) – GOOGLE MEET – Correção das atividades 3 e 4 do bloco 4.
ATIVIDADE 2 – (1h/a) - LITERATURA
O que se aprende na escola
Olden Hugo
A escola é a preparação
para a vida.
Nos anos de colégio,
passamos por situações que nos ensinam a lidar com as complicações que o futuro
seguramente nos oferecerá.
É na escola que se
perde pela primeira vez. A perda da borracha colorida, de estimação, dada com
afeto pelo pai, cheirando ao carinho da mãe, acontece logo nos anos iniciais.
Isso se assemelha ao anel de ouro que se perde quando adulto, e é emblema para
muitas perdas que virão.
É também ali, no
ambiente escolar, que nasce a primeira paixão. Os olhos brilhantes que atraem
nosso coração, o sorriso sequestrador de atenções, o cheiro que nos alça
inelutavelmente são do primeiro amor que nos acordou o sentimento. E, vendo
bem, tal sentimento, que pensávamos ser o único, se desdobrará repetidas vezes
ao longo da vida. É preciso que se atente para o fato de que pode vir com ele
uma decepção, com a qual certamente aprenderemos.
Na escola é que
sobrevém a primeira frustração. A nota reduzida, quase insuficiente, traz uma
tristeza que assusta, que devasta. E o choro que chega não será o último, ao
contrário, durante o viver, muitos choros ainda hão de chegar. Essa lição se
aprende logo aí.
A morte de um colega
de sala, de um amigo do colégio, é um prenúncio que diz: “Prepare-se! A vida
tem também a morte.” Aprendemos, na escola, que mesmo uma dor doída pode ser
boa de se sentir, desde que passemos a enfrentá-la e a assumi-la como parte de
nossa vivência.
Conforme o que tem
chegado a nossos ouvidos, a escola é a preparação para a vida. Os laços que se
criam no pátio se comparam aos que se fazem na empresa; as conversas em
pequenas turmas enquanto se espera o ônibus na porta da escola são iguais às
conversas na porta da Universidade; o castigo lamentável da professora rígida
se assemelha à advertência do chefe do primeiro emprego; as risadas longas e
volumosas no grupo dos melhores amigos da sala se parecem com aquelas da
reunião dos colegas que hoje já se casaram, e até mesmo as noites sem sono em
função do estudo para a prova lembram as noites em que se cuida do filho que se
amamenta.
Vendo bem, dizer que
a escola é uma preparação para a vida não é dizer a verdade. A escola não
prepara para a vida, ela já é a própria vida. Não haverá outra vida após ela, e
é por isso que todo minuto dentro da escola é uma experiência que estremece
cada sentimento que trazemos. É por isso que precisamos aproveitar cada segundo
ao lado de pessoas extremamente especiais que estão nos corredores, nas
escadas, na lanchonete, na biblioteca, na sala dos professores, na sala de
aula, ao nosso lado direito. É por isso que sobrenomes como Xavier, Tacelli,
Duarte, Damasceno, Botelho, Cedraz, Rocha, Porto, Barros jamais sairão de
nossas memórias, porque o que se aprende na escola necessariamente se leva por
toda a vida.
Compreendendo o texto:
1)
Durante a leitura do
texto, é inevitável não recordarmos de várias experiências escolares. Relate em
poucas palavras uma experiência inesquecível que você viveu na escola.
2)
No trecho “...dizer
que a escola é uma preparação para a vida não é dizer a verdade” você concordo com
o autor? Justifique sua resposta.
3)
Após a leitura do
texto, observamos que não aprendemos na escola somente conteúdos, utilizando de
trechos do texto, prove essa afirmação.
4)
Retire do texto o
trecho que faz a descrição do ambiente escolar.
5)
Quais serão os
sobrenomes dos seus colegas que jamais sairão de sua memória.
ATIVIDADE 3 - (2h/a) - Conteúdo:
Período composto por coordenação; conjunções coordenativas.
COORDENAÇÃO: CONTEXTO E SENTIDOS
Orações
coordenadas podem se agrupar em períodos, separadas ou não por vírgulas. A esse
agrupamento de orações, damos o nome de período composto por coordenação.
O período composto por coordenação
é formado por orações coordenadas, que são orações independentes
sintaticamente, ou seja, não há relação sintática alguma entre as orações do
período.
Observe o trecho do conto “A descoberta
da escrita”
Tentava escrever e eles
surgiam, levando todo o material. Confiscavam e sumiam. Sem satisfações,
mas também sem recriminações. Não diziam nada, olhavam e recolhiam o que
estava sobre a mesa. Tentou mudar de casa, não
adiantou.
Este trecho do conto apresenta várias
orações coordenadas, tanto separadas por vírgulas quanto relacionadas por meio
de conjunções.
Responda:
a)
Quais
são as orações apenas justapostas, ou seja, separadas por vírgulas, sem o uso
de conjunção?
b)
Quais
são as orações unidas por conjunção?
Quando as orações são coordenadas entre
si, ligadas por uma conjunção, são chamadas de orações coordenadas sindéticas.
Quando estão justapostas, isto é, não estão ligadas por uma conjunção, são
chamadas de orações coordenadas assindéticas.
Orações Coordenadas
Assindéticas |
Orações Coordenadas Sindéticas:
|
As orações
coordenadas assindéticas são caracterizadas pelo período composto justaposto,
ou seja, não são ligadas através de nenhum conectivo. Exemplos: ·
Chegamos
à praia, nadamos, jogamos, comemos. ·
Pegou
a chave, abriu a porta, suspirou fundo. ·
Não
tem vontade de comer, estudar, sair. |
As orações coordenadas
sindéticas são caracterizadas pelo período composto ligado através de uma conjunção
ou locução coordenativa. Assim, dependendo dos
conectivos presentes nas orações, elas podem ser: ·
aditivas, ·
adversativas, ·
alternativas, ·
conclusivas, ·
explicativas. |
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS:
1. ADITIVA- As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas que transmitem uma
ideia de adição, soma. Os conectivos que coordenam as orações aditivas são: e,
nem, não só, mas também, mas ainda, como, assim, etc.
Exemplos:
·
Chegamos à praia e nadamos.
·
Não faz nem deixa ninguém fazer.
·
Gosta de ficar em casa, como também gosta de sair.
2. ADVERSATIVA - As orações coordenadas sindéticas adversativas são
aquelas que transmitem uma ideia de oposição ou de contraste. Os conectivos que
coordenam as orações adversativas são: e, mas, contudo, todavia, entretanto,
porém, no entanto, ainda, assim, senão, etc.
Exemplos:
·
Eles
queriam sair, porém, estava chovendo.
·
Seu
mau feitio, no entanto, deixou todos desanimados.
·
Trabalha, mas nunca guarda
dinheiro.
3. ALTERNATIVA - As orações coordenadas sindéticas alternativas são
aquelas que enfatizam uma escolha dentre as opções existentes. Os conectivos
que coordenam as orações alternativas são: ou, ou … ou; ora … ora; quer … quer;
seja … seja, etc.
Exemplos:
·
Ora gosta de vestidos, ora gosta
de sapatos.
·
Fale agora ou cale-se para
sempre.
·
Vou falar com ele, quer você
queira, quer não.
4. CONCLUSIVA - As orações coordenadas sindéticas conclusivas são
aquelas que expressam conclusões. Os
conectivos que coordenam as orações conclusivas são: logo, portanto, por fim,
por conseguinte, pois, então, consequentemente, etc.
Exemplos:
·
São adolescentes, logo irão
namorar.
·
Cheguei atrasada, portanto terei
que aguardar que me chamem novamente.
·
Tirou o bolo do forno agora mesmo, então não
o pode comer já.
5. EXPLICATIVA - As orações coordenadas sindéticas explicativas
expressam uma explicação sobre algo que foi referido anteriormente. Os
conectivos que coordenam as orações explicativas são: isto é, ou seja, a saber,
na verdade, porque, que, pois, etc.
Exemplos:
·
Descemos
do carro porque o trânsito estava parado.
·
Ela
não atende o telefone, ou seja, ela não quer saber de nós.
·
Ela
não sabe da novidade, pois não disse nada.
https://www.todamateria.com.br/oracoes-coordenadas/
QUESTÃO 1- Explique as relações existentes entre
os fatos expressos nos períodos compostos seguintes.
a) Ele já se mudou, porque sua casa está vazia.
b) Fique calmo, que tudo dará certo.
c) É milionário e vive pedindo fiado.
d) Muitos deputados ausentaram-se
intencionalmente da votação; sua ausência deve ser visto como uma tomada de
posição, pois.
e) Decifra-me ou te devoro. (enigma da esfinge)
f) Fiz a prova do concurso, mas não fui
aprovado.
QUESTÃO 2-
Construa períodos compostos por coordenação, unindo as orações de cada um dos
itens seguintes. Utilize a conjunção coordenativa apropriada e faça as
alterações necessárias.
a)Aquele foi um janeiro quente e ensolarado. Não
pudemos tirar férias.
b)Nesta terra de fartura há muitos pobres. Algo
está errado.
c)Venha me visitar. Quero estar com você algum
tempo.
d)A colheita baterá recordes. Muita gente
passará fome.
QUESTÃO 3 – Leia
uma tirinha do cartunista Caco Galhardo:
resolvido. A exposição dos fatos
deve comprovar que o remetente é quem tem razão, o qual pode ainda, apontar as
possíveis soluções para que haja entendimento entre as partes.
É
essencial que a carta de reclamação tenha: identificação do remetente e do
destinatário, data e local, assinatura, documentos em anexo (caso necessário). Lembre-se
de expor claramente os antecedentes, pois neles estão os motivos pelos quais a
reclamação está sendo feita.
A
carta deve ser preferencialmente digitada, pois facilita a leitura e evita
equívocos.
Veja
um exemplo:
Remetente:
João
da Silva
Destinatário:
COMPUTERLY,
LTDA. Campinas
do Sul, 29 de Fevereiro de 2020. Assunto: computador entregue com
estragos aparentes
Diante deste fato, recusei o
computador e solicitei que me fosse enviado outro exemplar em excelente
estado, o que faria jus ao valor já pago. Entretanto, até a presente data
continuo à espera. O atraso na resolução do problema
vem ocasionado vários transtornos ao meu cotidiano. Por este motivo, demando
que outro computador de mesma marca e modelo seja entregue, sem falta, dentro
de 3 dias úteis. Caso contrário, anularei a compra e exijo o dinheiro do
pagamento de volta.
João da Silva. Anexos: fotocópias da nota fiscal
de compra e do recibo da taxa de entrega.
|
1-
Após ler o texto da carta de relação, responda as questões:
a) Qual foi o problema que motivou a
escrita da carta?
b) Qual é a solução sugerida pelo
autor?
c)
Identifique
as partes que compõem a carta de
reclamação:
Remetente:
Destinatário:
Menção
da data e do local de envio
Forma
de saudação
Assunto:
Fundamentação
dos direitos do(s) reclamante(s);
Pedido
de reparação ou de compensação;
Forma
de despedida
2- Agora que você já
sabe qual é a finalidade de uma carta de reclamação e sua estrutura, pense num
problema existente em sua escola e escreva uma carta de reclamação ou de reivindicação à
Secretária Municipal de Educação para que medidas sejam tomadas a fim de
resolver o problema apresentado. .
PERÍODO DA SEMANA: 14/09/2020 a 19/09/2020
ATIVIDADE 7 – (2h/a) – GOOGLE MEET- SETEMBRO AMARELO –
MUSICA GIRASSOL . Associação da letra da música ao texto de OLDEN HUGO trabalhado
na atividade 1.
Acesse
os vídeos:
MÚSICA GIRASSOL: https://www.youtube.com/watch?v=qOjznpD6uCM
SOBRE SETEMBRO AMARELO: https://www.youtube.com/watch?v=hinwTiUwOoo
ATIVIDADE 8– (1h/a) LITERATURA
Após a leitura do livro Coisa
de adolescente de Giowana Pinho Veloso, faça uma resenha do livro.
|
Veja um modelo de resenha:
SAINT-EXUPÉRY,
Antoine de. O pequeno príncipe. Rio de
Janeiro, Editora Agir, 2009. Aquarelas do autor. 48ª edição / 49ª reimpressão.
Tradução por Dom Marcos Barbosa. 93 páginas.
Por Sarah Raphaele
Escrito
por Antoine de Saint-Exupéry, “O Pequeno Príncipe” é um dos maiores clássicos
da literatura no mundo inteiro e várias frases do livro são usadas
cotidianamente.
Apesar
de categorizado como um livro infantil, não é uma leitura para crianças, pois
aborda várias questões filosóficas (parábolas) relacionadas à perda da
inocência ao longo dos anos e algumas incoerências do comportamento adulto
(muitas vezes autoritários, preguiçosos, vaidosos e apressados). Contudo, a
obra agrada bastante o público infantil por suas gravuras, leitura leve e
personagens pra lá de carismáticos.
A
fábula traz como protagonista um garotinho que mora sozinho em um planeta
pequeno e que viaja o universo. Durante a viagem, passa por outros planetas e
conhece vários outros seres. A cada novo contato, ele aprende algo e deixa
algum aprendizado.
Uma
leitura indicada para qualquer público e merecedor de releituras em fases
diferentes da vida.
O
autor nos leva a refletir que:
Devemos
dar mais importância para as características das coisas e para a essência das
pessoas (pois o essencial é invisível aos olhos). Cada pessoa possui um mundo
dentro de si que merece ser cautelosamente explorado. Quando criamos laços
afetivos com alguém, essa pessoa possui um certo poder e uma certa
responsabilidade sobre nós (da mesma forma, somos responsáveis pelos laços que
criamos). Criar laços pode nos causar algum tipo de dor, todavia é necessário
para que não nos sintamos sozinhos na caminhada da vida. Não há perfeição nos
relacionamentos, mas podemos nos aperfeiçoar em prol dele. Não devemos perder
(ou estar longe) para valorizar, antes, aprendamos a valorizar para não perder.
Nenhuma experiência é perdida, seja ela agradável ou não. Tudo é aprendizado.
Fonte: http://minhacontracapa.com.br/2018/04/resenha-o-pequeno-principe-de-antoine-de-saint-exupery/
ATIVIDADE 9– (2h/a) - Conteúdo: Textos propositivos: análise de propostas políticas.
O texto
a seguir é uma análise de algumas propostas de candidatos à presidência para
educação na campanha de 2018. O estudo
foi feito pela pedagoga Janaína Spolidoro. Veja
a metodologia utilizada por ela bem como suas conclusões.
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Data: 10/09/2018
10:32 / Autor: Redação / Fonte: BBC - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45215784
Análise das propostas de
EDUCAÇÃO - Candidatos à Presidência – 2018
A pedagoga Janaína Spolidoro
elaborou um rico texto no qual, após analisar as propostas dos principais
candidatos à presidência, separou-as de duas formas: Viável ou
Utópico/Opinativo
Recentemente, me propus um desafio diferente, algo novo para mim.
Difícil, na verdade. Antes de começar, devo dizer que, pessoalmente, não tenho
propensão à política, embora esteja em uma área (da Educação), que por si só
carrega a política consigo.
Raramente acompanho notícias e de política menos ainda. Algo,
contudo, que posso dizer que entendo, é a área de Educação. Já trabalhei tanto
na parte pública quanto privada, em cargos variados. Conheço bem o ponto de
vista e necessidades de cada um deles.
Meu grande desafio era analisar as propostas dos candidatos à
presidência, no que diz respeito à educação, da maneira mais neutra que eu
conseguisse.
Para conseguir, pedi que uma outra pessoa colocasse em etiquetas as
propostas, sem os nomes dos candidatos, e comecei a organizá-las em duas
categorias. Viável e utópico ou opinativo. Foram considerados apenas 5 candidatos
e eu não sabia quais seriam.
Depois de separadas as categorias, me foram revelados os candidatos
e exatamente como dividi, elaborei um infográfico. As cores centrais das
propostas se referem aos candidatos, à esquerda. Note que o círculo de borda
das fotos revelam esta associação às propostas (como se fosse uma legenda de
cores).
VIÁVEL:
Nesta categoria, nem todas as propostas são 100% viáveis, mas elas
possuem um fundo de crédito, do ponto de vista da educação [...]
UTÓPICO ou OPINATIVO:
Fiquei muito na dúvida ao eleger este nome de categoria. Quando fiz
a separação das propostas, considerei que elas mexem com algo muitíssimo
poderoso, que é a esperança das pessoas, portanto considerei utópicas, pois uma
parte delas, já que é preciso que passem por um processo no Congresso, têm a
possibilidade de não serem aprovadas. Além disso, todas as propostas que estão
aqui apelam para a opinião das pessoas, por isso opinativo.
São propostas que considero de alta periculosidade, porque apelam
para o emocional das pessoas, trazem à tona um certo egoísmo, pois em lugar de
considerar a educação como um todo, consideram condições específicas de grupos
e são usadas na política desde sempre para manipular votos.
PERÍODO DA SEMANA: 21/09/2020 a 25/09/2020
ATIVIDADE 11 - (2h/a) -Aula pelo meet
- Educando para boas escolhas on-line. Exibição de vídeo sobre o tema e
reflexões sobre a cultura digital e regras de práticas na internet.
Acesse
os vídeos:
ATIVIDADE 12– (1h/a) LITERATURA
Crônica: DE QUE SERVE UM AMIGO (Olden Hugo)
Eu me
lembro perfeitamente do dia em que ele entrou na sala de aula e correu o olhar
pelas cadeiras procurando por uma desocupada, sabendo já que deviam estar
todas, ainda que vazias naquele momento, demarcadas pelos seus donos, enquanto
ele era tão somente um novato. Lembro bem que notei seu deslocamento em meio a
todos desconhecidos, seu olhar vago, seu desconforto. Fui o primeiro a
conversar com ele, ao que imediatamente me abriu um grande sorriso e, lembro
muito bem, até mesmo chegou mais perto de mim talvez inconscientemente,
arrastando com movimentos curtos e rápidos a cadeira da qual nem se levantou
para movê-la. Conversou comigo demonstrando algum entusiasmo por fazer já uma
amizade, porque conversei com ele muito naturalmente e com sorrisos, na
intenção mesmo de deixá-lo à vontade naquele instante. Consegui muito mais que
isso. Ele sempre se sentava perto de mim toda a aula e em todas as aulas. Cuidei
naturalmente de ambientá-lo ao grupo de meus amigos, as pessoas de mais bom
coração que lá havia. Logo, logo, por ser ele muito amável, enturmou-se com
facilidade inacreditável. Felicitei bastante com isso.
Em
pouco tempo já estávamos falando das meninas mais atraentes da turma, estávamos
saindo juntos, visitando as casas um do outro e conhecendo as famílias.
Chamávamo-nos por apelidos, falávamo-nos diariamente ao telefone, almoçávamos
juntos.
Apaixonei-me por Sara e tenho a impressão desse sentimento viva e hoje
em meu coração. Marcamos de sair ela e eu. Ela aceitou. Sorri por três dias
ininterruptos. No sábado, comíamos em um bar, quando o telefone de Sara toca.
Ela disse para que a pessoa ligasse a ela depois e reforçou: “Liga mesmo! De
verdade!”. Minha curiosidade para saber quem era não durou muito. Meu grande
amigo me perguntou se eu estava saindo com ela. Eu disse que sim. Ele replicou
que também estava, e que ela relatou um “dilema corrosivo entre dois homens
incríveis”.
1.A crônica é um gênero que capta flagrantes da vida
real. O texto acima confirma essa característica? Explique.
2. Nessa crônica, o narrador é observador ou
personagem? Justifique sua resposta com trechos da crônica.
3.Quando lemos uma crônica, verificamos o conflito
numa situação que surge, representando um problema para o personagem principal.
Nesse caso, qual é o conflito?
4. O clímax é quando a narrativa atinge seu ponto máximo e
desperta curiosidade no leitor. Qual é o clímax nessa crônica?
5.
O desfecho dessa crônica deixa um suspense em relação ao que pode ter
acontecido depois. Crie um desfecho que satisfaça essa nossa curiosidade.
ATIVIDADE 13 - (2h/a) - Conteúdo: Gênero resumo
Trata-se de um texto em que são dispostos e
apresentados os pontos essenciais, ideias ou fatos principais que foram
desenvolvidos no decorrer de outro texto. Esses pontos são expostos de forma
abreviada, sempre respeitando a ordem em que aparecem no texto resumido.
É uma ferramenta útil para o estudo e para a memorização de textos escritos ou
falados.
Resumir um texto é compreender o que se está
lendo, é selecionar e reorganizar o conjunto das ideias mais importantes
apresentadas no texto original, de maneira breve e objetiva, sem criar um novo
texto e sempre mantendo a coerência do conteúdo proposto. Não se pode confundir
resumo com cópia de partes de um texto original.
Deve-se considerar a ordem, “INTRODUÇÃO,
DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO”, em sequência e usar expressões para unir as
ideias, como: além disso, e, depois, na sequência, etc. no início deve-se
sempre indicar a obra original, por exemplo:
O livro “A Droga da Obediência” de Pedro
Bandeira, fala de...
Características do
resumo
·
Indicação da obra original;
·
Ordem do texto original;
·
Linguagem formal e objetiva;
·
Redução do texto original;
·
Transformação dos discursos diretos em indiretos;
·
Verbos do dizer (fala, conclui, afirma, pensa,
orienta, etc.);
·
Terceira pessoa;
·
Não expressa opinião;
·
Não copie frases inteiras do texto original.
Um bom resumo deve conter:
Etapas para produção
·
Faça uma leitura inicial do texto, sem se preocupar em separar nada;
·
Em uma segunda leitura, sublinhe as palavras importantes ;
·
Selecionar os fatos ou ideias mais importantes do texto;
·
Eliminar ideias ou fatos secundários, como exemplos e citações.
Técnicas de resumo
·
Apagamento: Eliminar partes desnecessárias
Original: O estimado aluno era
muito estudioso e aplicado. Ele fazia os deveres de casa diariamente.
Resumo: __O aluno estudioso fazia todos os deveres
de casa.
·
Generalização: Reduzir elementos da oração por palavra ou expressão com mesmo valor.
Original: Comeu costela, alcatra,
bife e picanha no almoço.
Resumo: Comeu carnes variadas no almoço
·
Construção: Substituir sequência de fatos por expressão com mesmo valor.
Original: Foi ao mercado, comprou
farinha, ovos, leite, fermento em pó e mistura pronta para bolo. Foi para casa,
ligou a batedeira e os colocou no forno.
Resumo: Foi ao mercado, comprou
os ingredientes; em casa, fez o bolo.
Texto 1
O menino e o arco-íris[1]
Era uma vez um menino curioso e entediado. Começou
assustando-se com as cadeiras, as mesas e os demais objetos domésticos.
Apalpava-os, mordia-os e jogava-os no chão: esperava certamente uma resposta
que os objetos não lhe davam. Descobriu alguns objetos mais interessantes que
os sapatos: os copos – estes, quando atirados ao chão, quebravam-se. Já era
alguma coisa, pelo menos não permaneciam os mesmos depois da ação. Mas logo o
menino (que era profundamente entediado) cansou-se dos copos: no fim de
tudo era vidro e só vidro.
Mais tarde pôde passar para o quintal e descobriu
as galinhas e as plantas. Já eram mais interessantes, sobretudo as galinhas,
que falavam uma língua incompreensível e bicavam a terra. Conheceu o peru, a
galinha-d´Angola e o pavão. Mas logo se acostumou a todos eles, e continuou
entediado como sempre.
Não pensava, não indagava com palavras, mas
explorava sem cessar a realidade.
Quandpôde sair à rua, teve novas esperanças: um dia
escapou e percorreu o maior espaço possível, ruas, praças, lagos onde meinos
jogavam futebol, viu igrejas, automóveis e um trator que modificava um terreno.
Perdeu-se. Fugiu outra vez para o ver o trator trabalhando. Mas eis que o
trabalho do trator deu na banalidade: canteiros para flores convencionais, um
coreto, etc. E o menino cansou-se da rua voltou para o seu quintal.
O tédio levou o menino aos jogos de azar, aos
banhos de mar e às viagens para a outra margem do rio. A margem de lá era igual
à de cá. O menino cresceu e, no amor como no cinema, não encontrou o que
procurava. Um dia, passando por um córrego, viu que as águas eram coloridas.
Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!
Desde então, todos os dias dava um jeito de ir ver
as cores do córrego. Mas quando alguém lhe disse que o colorido das águas
provinha de uma lavanderia próxima, começou a gritar que não, que as águas
vinham do arco-íris. Foi recolhido ao manicômio.
E daí?
(GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris. São Paulo: Ática, 2001. p. 5)
Após
ler atentamente o texto:
- Identifique
Título:
Autor:
Obra
da qual faz parte:
2.“Mas logo se acostumou a todos eles”.O
termo em destaque refere-se no texto a
(A) animais no quintal. (B) cadeiras e mesas. (C) sapatos e copos. (D) jogos de azar.
3. Pode-se concluir que o tema do texto é
(A) a curiosidade. (B) a insatisfação. C) a natureza.
(D) a saudade.
4. De acordo com o texto, o menino procurava,
desde criança, por
(A) alguma coisa
surpreendente. (B) galinhas e plantas interessantes.
(C) um arco-íris. (D) banhos de mar.
5. “E daí?” A frase final do texto demonstra que a opinião do narrador sobre o
destino do menino é de
(A) pena e desespero. (B) simpatia e
aprovação.
(C) indiferença e
conformismo. (D) esperança e simpatia.
6. “Desceu pela margem, examinou: eram
coloridas!”
No trecho, os sinais de
pontuação empregados assinalam
(A) o tédio do menino. (B) a surpresa do menino.
(C) a dúvida do narrador. (D) o comentário do narrador.
7.
Como você descreveria o menino?
8
Por que o menino sempre abandonava as coisas que encontrava?
9.
Comente sobre o desfecho do texto, dando sua opinião.
O resumo é um gênero textual em que temos que ter duas habilidades: a
síntese e a objetividade. Para isso, é preciso seguir alguns passos essenciais:
·
Faça uma
leitura inicial do texto, sem se preocupar em separar nada;
·
Em uma segunda
leitura, sublinhe as palavras importantes que serão usadas como base para o resumo;
·
Selecionar os
fatos ou ideias mais importantes do texto;
·
Suprimir
ideias ou fatos secundários, tudo que contribua para um estilo do texto,
repetições e redundâncias, expressões como “ou seja”, “isto é”, que têm caráter
explicativo, além de pormenores desnecessários, como exemplos e citações;
·
Trocar frases
por outras que sejam mais econômicas e sucintas;
·
Manter a linha
principal do texto;
·
Usar linguagem
clara e concisa;
·
Não usar
frases do autor original;
·
Transformar
discurso direto em indireto;
·
Não exprimir
opiniões pessoais;
·
Reduzir o
texto para cerca de 2/3 de sua extensão original em tamanho ou número de
palavras;
·
À medida que
for resumindo, vá lendo o texto para ver se está ficando com sentido quando comparado
ao texto inicial.
HORA DE
TREINAR A SUA HABILIDADE DE RESUMIR.
Texto 2
O homem cuja orelha
cresceu[2]
Estava escrevendo,
sentiu a orelha pesada. Pensou que fosse cansaço, eram 11 da noite, estava
fazendo hora-extra. Escriturário de uma firma de tecidos, solteiro, 35 anos,
ganhava pouco, reforçava com extras. Mas o peso foi aumentando e ele percebeu
que as orelhas cresciam. Apavorado, passou a mão. Deviam ter uns dez centímetros.
Eram moles, como de cachorro. Correu ao banheiro. As orelhas estavam na altura
do ombro e continuavam crescendo. Ficou só olhando. Elas cresciam, chegavam a
cintura. Finas, compridas, como fitas de carne, enrugadas. Procurou uma
tesoura, ia cortar a orelha, não importava que doesse. Mas não encontrou, as
gavetas das moças estavam fechadas. O armário de material também. O melhor era
correr para a pensão, se fechar, antes que não pudesse mais andar na rua. Se
tivesse um amigo, ou namorada, iria mostrar o que estava acontecendo. Mas o
escriturário não conhecia ninguém a não ser os colegas de escritório. Colegas,
não amigos. Ele abriu a camisa, enfiou as orelhas para dentro. Enrolou uma
toalha na cabeça, como se estivesse machucado.
Quando chegou na
pensão, a orelha saia pela perna da calça. O escriturário tirou a roupa.
Deitou-se, louco para dormir e esquecer. E se fosse ao médico? Um
otorrinolaringologista. A esta hora da noite? Olhava o forro branco. Incapaz de
pensar, dormiu de desespero.
Ao acordar, viu aos
pés da cama o monte de uns trinta centímetros de altura. A orelha crescera e se
enrolara como cobra. Tentou se levantar. Difícil. Precisava segurar as orelhas
enroladas. Pesavam. Ficou na cama. E sentia a orelha crescendo, com uma
cosquinha. O sangue correndo para lá, os nervos, músculos, a pele se formando,
rápido. Às quatro da tarde, toda a cama tinha sido tomada pela orelha. O
escriturário sentia fome, sede. Às dez da noite, sua barriga roncava. A orelha
tinha caído para fora da cama. Dormiu.
Acordou no meio da
noite com o barulhinho da orelha crescendo. Dormiu de novo e quando acordou na
manhã seguinte, o quarto se enchera com a orelha. Ela estava em cima do
guarda-roupa, embaixo da cama, na pia. E forçava a porta. Ao meio-dia, a orelha
derrubou a porta, saiu pelo corredor. Duas horas mais tarde, encheu o corredor.
Inundou a casa. Os hospedes fugiram para a rua. Chamaram a polícia, o corpo de
bombeiros. A orelha saiu para o quintal. Para a rua.
Vieram os açougueiros
com facas, machados, serrotes. Os açougueiros trabalharam o dia inteiro
cortando e amontoando. O prefeito mandou dar a carne aos pobres. Vieram os
favelados, as organizações de assistência social, irmandades religiosas, donos
de restaurantes, vendedores de churrasquinho na porta do estádio,
donas-de-casa. Vinham com cestas, carrinhos, carroças, camionetas. Toda a
população apanhou carne de orelha. Apareceu um administrador, trouxe sacos de
plástico, higiênicos, organizou filas, fez uma distribuição racional.
E quando todos tinham
levado carne para aquele dia e para os outros, começaram a estocar. Encheram
silos, frigoríficos, geladeiras. Quando não havia mais onde estocar a carne de
orelha, chamaram outras cidades. Vieram novos açougueiros. E a orelha crescia,
era cortada e crescia, e os açougueiros trabalhavam. E vinham outros
açougueiros. E os outros se cansavam. E a cidade não suportava mais carne de
orelha. O povo pediu uma providência ao prefeito. E o prefeito ao governador. E
o governador ao presidente.
E quando não havia
solução, um menino, diante da rua cheia de carne de orelha, disse a um
policial: "Por que o senhor não mata o dono da orelha?"
Ignácio de Loyola Brandão
Após ler o texto “O homem cuja orelha cresceu” de
Ignácio Loyola de Brandão, preencha os espaços abaixo com algumas informações
solicitadas. Pense em como você contaria essa história! Não ultrapasse o limite
de 10 linhas.
O texto (nome do texto), do autor (coloque o nome
do autor) fala da história ...
PERÍODO DA SEMANA: 28/09/2020 a 30/09/2020
ATIVIDADE 14 - (2h/a) Evento literário. Encontro on-line, via google
meet, com alguns escritores
montesclarenses, atividades literárias diversas.
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