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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

ATIVIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA 8º ANO - PROFESSORA THAYS NEVES

 

3º BIMESTRE/2020

 

PERÍODO DA SEMANA: 1º/09/2020 a 04/09/2020

ATIVIDADE 1 - (2h/a) – GOOGLE MEET – Correção das atividades 3 e 4 do bloco 4.

ATIVIDADE 2 – (1h/a) - LITERATURA

O que se aprende na escola

Olden Hugo

A escola é a preparação para a vida.

Nos anos de colégio, passamos por situações que nos ensinam a lidar com as complicações que o futuro seguramente nos oferecerá.

É na escola que se perde pela primeira vez. A perda da borracha colorida, de estimação, dada com afeto pelo pai, cheirando ao carinho da mãe, acontece logo nos anos iniciais. Isso se assemelha ao anel de ouro que se perde quando adulto, e é emblema para muitas perdas que virão.

É também ali, no ambiente escolar, que nasce a primeira paixão. Os olhos brilhantes que atraem nosso coração, o sorriso sequestrador de atenções, o cheiro que nos alça inelutavelmente são do primeiro amor que nos acordou o sentimento. E, vendo bem, tal sentimento, que pensávamos ser o único, se desdobrará repetidas vezes ao longo da vida. É preciso que se atente para o fato de que pode vir com ele uma decepção, com a qual certamente aprenderemos.

Na escola é que sobrevém a primeira frustração. A nota reduzida, quase insuficiente, traz uma tristeza que assusta, que devasta. E o choro que chega não será o último, ao contrário, durante o viver, muitos choros ainda hão de chegar. Essa lição se aprende logo aí.

A morte de um colega de sala, de um amigo do colégio, é um prenúncio que diz: “Prepare-se! A vida tem também a morte.” Aprendemos, na escola, que mesmo uma dor doída pode ser boa de se sentir, desde que passemos a enfrentá-la e a assumi-la como parte de nossa vivência.

Conforme o que tem chegado a nossos ouvidos, a escola é a preparação para a vida. Os laços que se criam no pátio se comparam aos que se fazem na empresa; as conversas em pequenas turmas enquanto se espera o ônibus na porta da escola são iguais às conversas na porta da Universidade; o castigo lamentável da professora rígida se assemelha à advertência do chefe do primeiro emprego; as risadas longas e volumosas no grupo dos melhores amigos da sala se parecem com aquelas da reunião dos colegas que hoje já se casaram, e até mesmo as noites sem sono em função do estudo para a prova lembram as noites em que se cuida do filho que se amamenta.

Vendo bem, dizer que a escola é uma preparação para a vida não é dizer a verdade. A escola não prepara para a vida, ela já é a própria vida. Não haverá outra vida após ela, e é por isso que todo minuto dentro da escola é uma experiência que estremece cada sentimento que trazemos. É por isso que precisamos aproveitar cada segundo ao lado de pessoas extremamente especiais que estão nos corredores, nas escadas, na lanchonete, na biblioteca, na sala dos professores, na sala de aula, ao nosso lado direito. É por isso que sobrenomes como Xavier, Tacelli, Duarte, Damasceno, Botelho, Cedraz, Rocha, Porto, Barros jamais sairão de nossas memórias, porque o que se aprende na escola necessariamente se leva por toda a vida.

 

Compreendendo o texto:

 

1)      Durante a leitura do texto, é inevitável não recordarmos de várias experiências escolares. Relate em poucas palavras uma experiência inesquecível que você viveu na escola.

2)      No trecho “...dizer que a escola é uma preparação para a vida não é dizer a verdade” você concordo com o autor? Justifique sua resposta.

3)      Após a leitura do texto, observamos que não aprendemos na escola somente conteúdos, utilizando de trechos do texto, prove essa afirmação.

4)      Retire do texto o trecho que faz a descrição do ambiente escolar.

5)      Quais serão os sobrenomes dos seus colegas que jamais sairão de sua memória.

 

ATIVIDADE 3 - (2h/a) - Conteúdo: Período composto por coordenação; conjunções coordenativas.

Retângulo: Cantos Arredondados: Reflexão sobre a língua      

*   COORDENAÇÃO: CONTEXTO E SENTIDOS

 

Orações coordenadas podem se agrupar em períodos, separadas ou não por vírgulas. A esse agrupamento de orações, damos o nome de período composto por coordenação. O período composto por coordenação é formado por orações coordenadas, que são orações independentes sintaticamente, ou seja, não há relação sintática alguma entre as orações do período.

 

Observe o trecho do conto “A descoberta da escrita”

Tentava escrever e eles surgiam, levando todo o material. Confiscavam e sumiam. Sem satisfações, mas também sem recriminações. Não diziam nada, olhavam e recolhiam o que estava sobre a mesa.

Tentou mudar de casa, não adiantou.

 
 

 

 

 

 


Este trecho do conto apresenta várias orações coordenadas, tanto separadas por vírgulas quanto relacionadas por meio de conjunções.

 

Responda:

a)      Quais são as orações apenas justapostas, ou seja, separadas por vírgulas, sem o uso de conjunção?

b)      Quais são as orações unidas por conjunção?

 

Quando as orações são coordenadas entre si, ligadas por uma conjunção, são chamadas de orações coordenadas sindéticas. Quando estão justapostas, isto é, não estão ligadas por uma conjunção, são chamadas de orações coordenadas assindéticas.

Orações Coordenadas Assindéticas

Orações Coordenadas Sindéticas:

As orações coordenadas assindéticas são caracterizadas pelo período composto justaposto, ou seja, não são ligadas através de nenhum conectivo.

Exemplos:

·         Chegamos à praia, nadamos, jogamos, comemos.

·         Pegou a chave, abriu a porta, suspirou fundo.

·         Não tem vontade de comer, estudar, sair.

 

As orações coordenadas sindéticas são caracterizadas pelo período composto ligado através de uma conjunção ou locução coordenativa.

Assim, dependendo dos conectivos presentes nas orações, elas podem ser:

·         aditivas,

·         adversativas,

·         alternativas,

·         conclusivas,  

·         explicativas.

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS:

1. ADITIVA- As orações coordenadas sindéticas aditivas são aquelas que transmitem uma ideia de adição, soma. Os conectivos que coordenam as orações aditivas são: e, nem, não só, mas também, mas ainda, como, assim, etc.

Exemplos:

·         Chegamos à praia e nadamos.

·         Não faz nem deixa ninguém fazer.

·         Gosta de ficar em casa, como também gosta de sair.

 

2. ADVERSATIVA - As orações coordenadas sindéticas adversativas são aquelas que transmitem uma ideia de oposição ou de contraste. Os conectivos que coordenam as orações adversativas são: e, mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão, etc.

Exemplos:

·         Eles queriam sair, porém, estava chovendo.

·         Seu mau feitio, no entanto, deixou todos desanimados.

·         Trabalha, mas nunca guarda dinheiro.

 

3. ALTERNATIVA - As orações coordenadas sindéticas alternativas são aquelas que enfatizam uma escolha dentre as opções existentes. Os conectivos que coordenam as orações alternativas são: ou, ou … ou; ora … ora; quer … quer; seja … seja, etc.

Exemplos:

·         Ora gosta de vestidos, ora gosta de sapatos.

·         Fale agora ou cale-se para sempre.

·         Vou falar com ele, quer você queira, quer não.

 

4. CONCLUSIVA - As orações coordenadas sindéticas conclusivas são aquelas que expressam conclusões.  Os conectivos que coordenam as orações conclusivas são: logo, portanto, por fim, por conseguinte, pois, então, consequentemente, etc.

Exemplos:

·         São adolescentes, logo irão namorar.

·         Cheguei atrasada, portanto terei que aguardar que me chamem novamente.

·         Tirou o bolo do forno agora mesmo, então não o pode comer já.

 

5. EXPLICATIVA - As orações coordenadas sindéticas explicativas expressam uma explicação sobre algo que foi referido anteriormente. Os conectivos que coordenam as orações explicativas são: isto é, ou seja, a saber, na verdade, porque, que, pois, etc.

Exemplos:

·         Descemos do carro porque o trânsito estava parado.

·         Ela não atende o telefone, ou seja, ela não quer saber de nós.

·         Ela não sabe da novidade, pois não disse nada.

https://www.todamateria.com.br/oracoes-coordenadas/


QUESTÃO 1- Explique as relações existentes entre os fatos expressos nos períodos compostos seguintes.

 

a) Ele já se mudou, porque sua casa está vazia.

b) Fique calmo, que tudo dará certo.

c) É milionário e vive pedindo fiado.

d) Muitos deputados ausentaram-se intencionalmente da votação; sua ausência deve ser visto como uma tomada de posição, pois.

e) Decifra-me ou te devoro. (enigma da esfinge)

f) Fiz a prova do concurso, mas não fui aprovado.

 

QUESTÃO  2- Construa períodos compostos por coordenação, unindo as orações de cada um dos itens seguintes. Utilize a conjunção coordenativa apropriada e faça as alterações necessárias.

 

a)Aquele foi um janeiro quente e ensolarado. Não pudemos tirar férias.

b)Nesta terra de fartura há muitos pobres. Algo está errado.

c)Venha me visitar. Quero estar com você algum tempo.

d)A colheita baterá recordes. Muita gente passará fome.

 

QUESTÃO 3 – Leia uma tirinha do cartunista Caco Galhardo:



resolvido. A exposição dos fatos deve comprovar que o remetente é quem tem razão, o qual pode ainda, apontar as possíveis soluções para que haja entendimento entre as partes.

            É essencial que a carta de reclamação tenha: identificação do remetente e do destinatário, data e local, assinatura, documentos em anexo (caso necessário). Lembre-se de expor claramente os antecedentes, pois neles estão os motivos pelos quais a reclamação está sendo feita.

A carta deve ser preferencialmente digitada, pois facilita a leitura e evita equívocos.

Veja um exemplo:

Remetente:

João da Silva
Rua dos Joaquins, nº 01, Bairro JJ
000-000 Campinas do Sul

 

Destinatário:                

COMPUTERLY, LTDA.
Rua do equívoco, nº 2
0000-000 Campinas do Sul

 Campinas do Sul, 29 de Fevereiro de 2020.

Assunto: computador entregue com estragos aparentes


Prezados,


No último dia 05 de Fevereiro, dirigi-me ao seu estabelecimento, situado na Rua do equívoco, nº 2, como endereçado, a fim de comprar um computador. Após escolher o modelo que me interessou, solicitei que a mercadoria fosse entregue na minha casa. Para tanto, assinei a nota de encomenda e paguei a taxa para que fosse realizado o serviço. No dia 10 do mesmo mês, foi-me entregue o computador encomendado, no entanto, após ligar o aparelho na tomada constatei que o mesmo emitia mais de 8 apitos e não funcionava.

Diante deste fato, recusei o computador e solicitei que me fosse enviado outro exemplar em excelente estado, o que faria jus ao valor já pago. Entretanto, até a presente data continuo à espera.

O atraso na resolução do problema vem ocasionado vários transtornos ao meu cotidiano. Por este motivo, demando que outro computador de mesma marca e modelo seja entregue, sem falta, dentro de 3 dias úteis. Caso contrário, anularei a compra e exijo o dinheiro do pagamento de volta.


Sem mais,

João da Silva.

Anexos: fotocópias da nota fiscal de compra e do recibo da taxa de entrega.

 

 

1- Após ler o texto da carta de relação, responda as questões:

a)      Qual foi o problema que motivou a escrita da carta?

b)      Qual é a solução sugerida pelo autor?

c)      Identifique as partes que compõem a carta de reclamação:

Remetente:

Destinatário:

Menção da data e do local de envio

Forma de saudação

Assunto:

Fundamentação dos direitos do(s) reclamante(s);

Pedido de reparação ou de compensação;

Forma de despedida

2- Agora que você já sabe qual é a finalidade de uma carta de reclamação e sua estrutura, pense num problema existente em sua escola e escreva uma carta  de reclamação ou de reivindicação à Secretária Municipal de Educação para que medidas sejam tomadas a fim de resolver o problema apresentado.   .

PERÍODO DA SEMANA: 14/09/2020 a 19/09/2020

 

ATIVIDADE 7 –  (2h/a) – GOOGLE MEET- SETEMBRO AMARELO – MUSICA GIRASSOL . Associação da letra da música ao texto de OLDEN HUGO trabalhado na atividade 1.

Acesse os vídeos:

MÚSICA GIRASSOL: https://www.youtube.com/watch?v=qOjznpD6uCM

SOBRE SETEMBRO AMARELO: https://www.youtube.com/watch?v=hinwTiUwOoo

 

ATIVIDADE 8–  (1h/a) LITERATURA

Após a leitura do  livro Coisa de adolescente de Giowana Pinho Veloso, faça uma resenha do livro.   

Partes da resenha:

1-      Informações sobre a obra comentada na resenha: nome do(a)  autor(a). Título do livro. Cidade da editora: nome da editora, ano. Quantidade de páginas.

2-      Nome da autora da resenha.

3-      Introdução: apresentação do livro e o tema que ele aborda

4-      Desenvolvimento: descrição da obra e análise crítica

5-      Conclusão: avaliação final do livro e uma possível indicação de leitura.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Veja um modelo de resenha:

SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O pequeno príncipe. Rio de Janeiro, Editora Agir, 2009. Aquarelas do autor. 48ª edição / 49ª reimpressão. Tradução por Dom Marcos Barbosa.  93 páginas.  

Por  Sarah Raphaele

Escrito por Antoine de Saint-Exupéry, “O Pequeno Príncipe” é um dos maiores clássicos da literatura no mundo inteiro e várias frases do livro são usadas cotidianamente.

Apesar de categorizado como um livro infantil, não é uma leitura para crianças, pois aborda várias questões filosóficas (parábolas) relacionadas à perda da inocência ao longo dos anos e algumas incoerências do comportamento adulto (muitas vezes autoritários, preguiçosos, vaidosos e apressados). Contudo, a obra agrada bastante o público infantil por suas gravuras, leitura leve e personagens pra lá de carismáticos.

A fábula traz como protagonista um garotinho que mora sozinho em um planeta pequeno e que viaja o universo. Durante a viagem, passa por outros planetas e conhece vários outros seres. A cada novo contato, ele aprende algo e deixa algum aprendizado.

Uma leitura indicada para qualquer público e merecedor de releituras em fases diferentes da vida.

O autor nos leva a refletir que:

Devemos dar mais importância para as características das coisas e para a essência das pessoas (pois o essencial é invisível aos olhos). Cada pessoa possui um mundo dentro de si que merece ser cautelosamente explorado. Quando criamos laços afetivos com alguém, essa pessoa possui um certo poder e uma certa responsabilidade sobre nós (da mesma forma, somos responsáveis pelos laços que criamos). Criar laços pode nos causar algum tipo de dor, todavia é necessário para que não nos sintamos sozinhos na caminhada da vida. Não há perfeição nos relacionamentos, mas podemos nos aperfeiçoar em prol dele. Não devemos perder (ou estar longe) para valorizar, antes, aprendamos a valorizar para não perder. Nenhuma experiência é perdida, seja ela agradável ou não. Tudo é aprendizado.

Fonte: http://minhacontracapa.com.br/2018/04/resenha-o-pequeno-principe-de-antoine-de-saint-exupery/

 

 

 

ATIVIDADE 9–  (2h/a) - Conteúdo:  Textos propositivos: análise de propostas políticas.

O texto a seguir é uma análise de algumas propostas de candidatos à presidência para educação na campanha de 2018.  O estudo foi feito pela pedagoga Janaína Spolidoro. Veja  a metodologia utilizada por ela bem como suas conclusões. 

 


Data: 10/09/2018 10:32 / Autor: Redação / Fonte: BBC - https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45215784

 

Análise das propostas de EDUCAÇÃO - Candidatos à Presidência – 2018

A pedagoga Janaína Spolidoro elaborou um rico texto no qual, após analisar as propostas dos principais candidatos à presidência, separou-as de duas formas: Viável ou Utópico/Opinativo

Recentemente, me propus um desafio diferente, algo novo para mim. Difícil, na verdade. Antes de começar, devo dizer que, pessoalmente, não tenho propensão à política, embora esteja em uma área (da Educação), que por si só carrega a política consigo.

Raramente acompanho notícias e de política menos ainda. Algo, contudo, que posso dizer que entendo, é a área de Educação. Já trabalhei tanto na parte pública quanto privada, em cargos variados. Conheço bem o ponto de vista e necessidades de cada um deles.

Meu grande desafio era analisar as propostas dos candidatos à presidência, no que diz respeito à educação, da maneira mais neutra que eu conseguisse.

Para conseguir, pedi que uma outra pessoa colocasse em etiquetas as propostas, sem os nomes dos candidatos, e comecei a organizá-las em duas categorias. Viável e utópico ou opinativo. Foram considerados apenas 5 candidatos e eu não sabia quais seriam.

Depois de separadas as categorias, me foram revelados os candidatos e exatamente como dividi, elaborei um infográfico. As cores centrais das propostas se referem aos candidatos, à esquerda. Note que o círculo de borda das fotos revelam esta associação às propostas (como se fosse uma legenda de cores).

 

VIÁVEL:

Nesta categoria, nem todas as propostas são 100% viáveis, mas elas possuem um fundo de crédito, do ponto de vista da educação [...]

 

UTÓPICO ou OPINATIVO:

Fiquei muito na dúvida ao eleger este nome de categoria. Quando fiz a separação das propostas, considerei que elas mexem com algo muitíssimo poderoso, que é a esperança das pessoas, portanto considerei utópicas, pois uma parte delas, já que é preciso que passem por um processo no Congresso, têm a possibilidade de não serem aprovadas. Além disso, todas as propostas que estão aqui apelam para a opinião das pessoas, por isso opinativo.

São propostas que considero de alta periculosidade, porque apelam para o emocional das pessoas, trazem à tona um certo egoísmo, pois em lugar de considerar a educação como um todo, consideram condições específicas de grupos e são usadas na política desde sempre para manipular votos.





PERÍODO DA SEMANA: 21/09/2020 a 25/09/2020

ATIVIDADE 11 - (2h/a) -Aula pelo meet - Educando para boas escolhas on-line. Exibição de vídeo sobre o tema e reflexões sobre a cultura digital e regras de práticas na internet.

Acesse os vídeos:

https://youtu.be/CJ__8-CMaag

https://youtu.be/TR8Ly2w_hi0 

https://youtu.be/HNQD0qJ0TC4 

https://youtu.be/jlkvzcG1UMk

 

ATIVIDADE 12–  (1h/a) LITERATURA

Crônica: DE QUE SERVE UM AMIGO (Olden Hugo)

           Eu me lembro perfeitamente do dia em que ele entrou na sala de aula e correu o olhar pelas cadeiras procurando por uma desocupada, sabendo já que deviam estar todas, ainda que vazias naquele momento, demarcadas pelos seus donos, enquanto ele era tão somente um novato. Lembro bem que notei seu deslocamento em meio a todos desconhecidos, seu olhar vago, seu desconforto. Fui o primeiro a conversar com ele, ao que imediatamente me abriu um grande sorriso e, lembro muito bem, até mesmo chegou mais perto de mim talvez inconscientemente, arrastando com movimentos curtos e rápidos a cadeira da qual nem se levantou para movê-la. Conversou comigo demonstrando algum entusiasmo por fazer já uma amizade, porque conversei com ele muito naturalmente e com sorrisos, na intenção mesmo de deixá-lo à vontade naquele instante. Consegui muito mais que isso. Ele sempre se sentava perto de mim toda a aula e em todas as aulas. Cuidei naturalmente de ambientá-lo ao grupo de meus amigos, as pessoas de mais bom coração que lá havia. Logo, logo, por ser ele muito amável, enturmou-se com facilidade inacreditável. Felicitei bastante com isso.

          Em pouco tempo já estávamos falando das meninas mais atraentes da turma, estávamos saindo juntos, visitando as casas um do outro e conhecendo as famílias. Chamávamo-nos por apelidos, falávamo-nos diariamente ao telefone, almoçávamos juntos.

          Apaixonei-me por Sara e tenho a impressão desse sentimento viva e hoje em meu coração. Marcamos de sair ela e eu. Ela aceitou. Sorri por três dias ininterruptos. No sábado, comíamos em um bar, quando o telefone de Sara toca. Ela disse para que a pessoa ligasse a ela depois e reforçou: “Liga mesmo! De verdade!”. Minha curiosidade para saber quem era não durou muito. Meu grande amigo me perguntou se eu estava saindo com ela. Eu disse que sim. Ele replicou que também estava, e que ela relatou um “dilema corrosivo entre dois homens incríveis”.

 

1.A crônica é um gênero que capta flagrantes da vida real. O texto acima confirma essa característica? Explique.

2. Nessa crônica, o narrador é observador ou personagem? Justifique sua resposta com trechos da crônica.

3.Quando lemos uma crônica, verificamos o conflito numa situação que surge, representando um problema para o personagem principal. Nesse caso, qual é o conflito?

4. O clímax é quando a narrativa atinge seu ponto máximo e desperta curiosidade no leitor. Qual é o clímax nessa crônica?

5. O desfecho dessa crônica deixa um suspense em relação ao que pode ter acontecido depois. Crie um desfecho que satisfaça essa nossa curiosidade.

 

ATIVIDADE 13 - (2h/a)  - Conteúdo: Gênero resumo

 

Trata-se de um texto em que são dispostos e apresentados os pontos essenciais, ideias ou fatos principais que foram desenvolvidos no decorrer de outro texto. Esses pontos são expostos de forma abreviada, sempre respeitando a ordem em que aparecem no texto resumido. É uma ferramenta útil para o estudo e para a memorização de textos escritos ou falados.

Resumir um texto é compreender o que se está lendo, é selecionar e reorganizar o conjunto das ideias mais importantes apresentadas no texto original, de maneira breve e objetiva, sem criar um novo texto e sempre mantendo a coerência do conteúdo proposto. Não se pode confundir resumo com cópia de partes de um texto original.

Deve-se considerar a ordem, “INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO”, em sequência e usar expressões para unir as ideias, como: além disso, e, depois, na sequência, etc. no início deve-se sempre indicar a obra original, por exemplo:

O livro “A Droga da Obediência” de Pedro Bandeira, fala de...

Características do resumo

·         Indicação da obra original;

·         Ordem do texto original;

·         Linguagem formal e objetiva;

·         Redução do texto original;

·         Transformação dos discursos diretos em indiretos;

·         Verbos do dizer (fala, conclui, afirma, pensa, orienta, etc.);

·         Terceira pessoa;

·         Não expressa opinião;

·         Não copie frases inteiras do texto original.

Um bom resumo deve conter:


Etapas para produção

·         Faça uma leitura inicial do texto, sem se preocupar em separar nada;

·         Em uma segunda leitura, sublinhe as palavras importantes ;

·         Selecionar os fatos ou ideias mais importantes do texto;

·         Eliminar ideias ou fatos secundários, como exemplos e citações.

 

Técnicas de resumo

·         Apagamento: Eliminar partes desnecessárias

Original: O estimado aluno era muito estudioso e aplicado. Ele fazia os deveres de casa diariamente.

Resumo: __O aluno estudioso fazia todos os deveres de casa.

 

·         Generalização: Reduzir elementos da oração por palavra ou expressão com mesmo valor.

Original: Comeu costela, alcatra, bife e picanha no almoço.

Resumo: Comeu carnes variadas no almoço

 

·         Construção: Substituir sequência de fatos por expressão com mesmo valor.

Original: Foi ao mercado, comprou farinha, ovos, leite, fermento em pó e mistura pronta para bolo. Foi para casa, ligou a batedeira e os colocou no forno.

Resumo: Foi ao mercado, comprou os ingredientes; em casa, fez o bolo.

 

Texto 1

O menino e o arco-íris[1]

Era uma vez um menino curioso e entediado. Começou assustando-se com as cadeiras, as mesas e os demais objetos domésticos. Apalpava-os, mordia-os e jogava-os no chão: esperava certamente uma resposta que os objetos não lhe davam. Descobriu alguns objetos mais interessantes que os sapatos: os copos – estes, quando atirados ao chão, quebravam-se. Já era alguma coisa, pelo menos não permaneciam os mesmos depois da ação. Mas logo o menino (que era profundamente entediado) cansou-se dos copos: no fim de tudo era vidro e só vidro.

Mais tarde pôde passar para o quintal e descobriu as galinhas e as plantas. Já eram mais interessantes, sobretudo as galinhas, que falavam uma língua incompreensível e bicavam a terra. Conheceu o peru, a galinha-d´Angola e o pavão. Mas logo se acostumou a todos eles, e continuou entediado como sempre.

Não pensava, não indagava com palavras, mas explorava sem cessar a realidade.

Quandpôde sair à rua, teve novas esperanças: um dia escapou e percorreu o maior espaço possível, ruas, praças, lagos onde meinos jogavam futebol, viu igrejas, automóveis e um trator que modificava um terreno. Perdeu-se. Fugiu outra vez para o ver o trator trabalhando. Mas eis que o trabalho do trator deu na banalidade: canteiros para flores convencionais, um coreto, etc. E o menino cansou-se da rua voltou para o seu quintal.

O tédio levou o menino aos jogos de azar, aos banhos de mar e às viagens para a outra margem do rio. A margem de lá era igual à de cá. O menino cresceu e, no amor como no cinema, não encontrou o que procurava. Um dia, passando por um córrego, viu que as águas eram coloridas. Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!

Desde então, todos os dias dava um jeito de ir ver as cores do córrego. Mas quando alguém lhe disse que o colorido das águas provinha de uma lavanderia próxima, começou a gritar que não, que as águas vinham do arco-íris. Foi recolhido ao manicômio.

E daí?

(GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris. São Paulo: Ática, 2001. p. 5)

Após ler atentamente o texto:

  1. Identifique

Título:

Autor:

Obra da qual faz parte:

 

2.“Mas logo se acostumou a todos eles”.O termo em destaque refere-se no texto a

(A) animais no quintal.    (B) cadeiras e mesas. (C) sapatos e copos.   (D) jogos de azar.

 

3. Pode-se concluir que o tema do texto é

(A) a curiosidade.        (B) a insatisfação.      C) a natureza.          (D) a saudade.

 

4. De acordo com o texto, o menino procurava, desde criança, por

(A) alguma coisa surpreendente.            (B) galinhas e plantas interessantes.

(C) um arco-íris.                                     (D) banhos de mar.

 

5. “E daí?” A frase final do texto demonstra que a opinião do narrador sobre o destino do menino é de

(A) pena e desespero.                                     (B) simpatia e aprovação.

(C) indiferença e conformismo.                     (D) esperança e simpatia.

 

6. “Desceu pela margem, examinou: eram coloridas!”

No trecho, os sinais de pontuação empregados assinalam

(A) o tédio do menino.                                (B) a surpresa do menino.

(C) a dúvida do narrador.                            (D) o comentário do narrador.

 

7. Como você descreveria o menino?

8 Por que o menino sempre abandonava as coisas que encontrava?

9. Comente sobre o desfecho do texto, dando sua opinião.

 

O resumo é um gênero textual em que temos que ter duas habilidades: a síntese e a objetividade. Para isso, é preciso seguir alguns passos essenciais:

·         Faça uma leitura inicial do texto, sem se preocupar em separar nada;

·         Em uma segunda leitura, sublinhe as palavras importantes que serão usadas como base para o resumo;

·         Selecionar os fatos ou ideias mais importantes do texto;

·         Suprimir ideias ou fatos secundários, tudo que contribua para um estilo do texto, repetições e redundâncias, expressões como “ou seja”, “isto é”, que têm caráter explicativo, além de pormenores desnecessários, como exemplos e citações;

·         Trocar frases por outras que sejam mais econômicas e sucintas;

·         Manter a linha principal do texto;

·         Usar linguagem clara e concisa;

·         Não usar frases do autor original;

·         Transformar discurso direto em indireto;

·         Não exprimir opiniões pessoais;

·         Reduzir o texto para cerca de 2/3 de sua extensão original em tamanho ou número de palavras;

·         À medida que for resumindo, vá lendo o texto para ver se está ficando com sentido quando comparado ao texto inicial.

 



HORA DE TREINAR A SUA HABILIDADE DE RESUMIR.

 

Texto 2

O homem cuja orelha cresceu[2]

Estava escrevendo, sentiu a orelha pesada. Pensou que fosse cansaço, eram 11 da noite, estava fazendo hora-extra. Escriturário de uma firma de tecidos, solteiro, 35 anos, ganhava pouco, reforçava com extras. Mas o peso foi aumentando e ele percebeu que as orelhas cresciam. Apavorado, passou a mão. Deviam ter uns dez centímetros. Eram moles, como de cachorro. Correu ao banheiro. As orelhas estavam na altura do ombro e continuavam crescendo. Ficou só olhando. Elas cresciam, chegavam a cintura. Finas, compridas, como fitas de carne, enrugadas. Procurou uma tesoura, ia cortar a orelha, não importava que doesse. Mas não encontrou, as gavetas das moças estavam fechadas. O armário de material também. O melhor era correr para a pensão, se fechar, antes que não pudesse mais andar na rua. Se tivesse um amigo, ou namorada, iria mostrar o que estava acontecendo. Mas o escriturário não conhecia ninguém a não ser os colegas de escritório. Colegas, não amigos. Ele abriu a camisa, enfiou as orelhas para dentro. Enrolou uma toalha na cabeça, como se estivesse machucado.

Quando chegou na pensão, a orelha saia pela perna da calça. O escriturário tirou a roupa. Deitou-se, louco para dormir e esquecer. E se fosse ao médico? Um otorrinolaringologista. A esta hora da noite? Olhava o forro branco. Incapaz de pensar, dormiu de desespero.

Ao acordar, viu aos pés da cama o monte de uns trinta centímetros de altura. A orelha crescera e se enrolara como cobra. Tentou se levantar. Difícil. Precisava segurar as orelhas enroladas. Pesavam. Ficou na cama. E sentia a orelha crescendo, com uma cosquinha. O sangue correndo para lá, os nervos, músculos, a pele se formando, rápido. Às quatro da tarde, toda a cama tinha sido tomada pela orelha. O escriturário sentia fome, sede. Às dez da noite, sua barriga roncava. A orelha tinha caído para fora da cama. Dormiu.

Acordou no meio da noite com o barulhinho da orelha crescendo. Dormiu de novo e quando acordou na manhã seguinte, o quarto se enchera com a orelha. Ela estava em cima do guarda-roupa, embaixo da cama, na pia. E forçava a porta. Ao meio-dia, a orelha derrubou a porta, saiu pelo corredor. Duas horas mais tarde, encheu o corredor. Inundou a casa. Os hospedes fugiram para a rua. Chamaram a polícia, o corpo de bombeiros. A orelha saiu para o quintal. Para a rua.

Vieram os açougueiros com facas, machados, serrotes. Os açougueiros trabalharam o dia inteiro cortando e amontoando. O prefeito mandou dar a carne aos pobres. Vieram os favelados, as organizações de assistência social, irmandades religiosas, donos de restaurantes, vendedores de churrasquinho na porta do estádio, donas-de-casa. Vinham com cestas, carrinhos, carroças, camionetas. Toda a população apanhou carne de orelha. Apareceu um administrador, trouxe sacos de plástico, higiênicos, organizou filas, fez uma distribuição racional.

E quando todos tinham levado carne para aquele dia e para os outros, começaram a estocar. Encheram silos, frigoríficos, geladeiras. Quando não havia mais onde estocar a carne de orelha, chamaram outras cidades. Vieram novos açougueiros. E a orelha crescia, era cortada e crescia, e os açougueiros trabalhavam. E vinham outros açougueiros. E os outros se cansavam. E a cidade não suportava mais carne de orelha. O povo pediu uma providência ao prefeito. E o prefeito ao governador. E o governador ao presidente.

E quando não havia solução, um menino, diante da rua cheia de carne de orelha, disse a um policial: "Por que o senhor não mata o dono da orelha?"

Ignácio de Loyola Brandão

 

Após ler o texto “O homem cuja orelha cresceu” de Ignácio Loyola de Brandão, preencha os espaços abaixo com algumas informações solicitadas. Pense em como você contaria essa história! Não ultrapasse o limite de 10 linhas.

O texto (nome do texto), do autor (coloque o nome do autor) fala da história ...

 

PERÍODO DA SEMANA: 28/09/2020 a 30/09/2020

ATIVIDADE 14 - (2h/a)  Evento literário. Encontro on-line, via google meet,  com alguns escritores montesclarenses, atividades literárias diversas.

 

 


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