ATIVIDADES DE HISTÓRIA - PROFESSOR JOSÉ LOUZADA NETO
AULA 1 – GRANDES
NAVEGAÇÕES- OBJETIVOS
Objetivo das grandes navegações
No início do
século XVI, com os portugueses e espanhóis abrindo novas rotas marítimas e
descobrindo o Novo Mundo, outros países da Europa se lançam ao mar.
Além disso, os
objetivos das grandes navegações também se tornam mais variados, conforme os
interesses de cada Estado.
Inglaterra,
França, Países Baixos e outros Estados passavam a competir com os pioneiros e,
assim, os interesses aumentavam.
Podemos resumir os
principais objetivos desta forma:
1)
Fundar colônias e
expandir territórios;
2) Estabelecer entrepostos comerciais nas principais rotas
marítimas;
3) Encontrar fontes de recursos naturais, principalmente
ouro e prata;
4) Lucrar com o comércio de escravos (século XVI em diante);
5) Difundir a fé cristã pelo mundo.
Mapa das grandes navegações
Se você reparar
bem, perceberá que a Austrália ainda não aparece no mapa e a América do Norte
também não estava completamente “descoberta”.
Isso acontecia por
dois motivos principais:
Primeiro, porque
as explorações eram orientadas pelo estabelecimento de rotas comerciais,
visando lucro;
Segundo, porque o
processo de descoberta em si era lento, com muitas expedições se perdendo em
tempestades e acidentes.
Por estes motivos,
as grandes navegações se estenderam até o século XVII (anos 1600), com a
descoberta do último continente: a Oceania.
Grandes navegações:
principais consequências
A esta altura você
já deve saber, mas as grandes navegações representaram um salto na história da
humanidade.
Como sempre, isso
significou uma série de mudanças em muitas sociedades ao redor do mundo, com o
estabelecimento do contato europeu.
Portanto, a lista
de consequências é longa, mas podemos resumir alguns pontos principais:
1.
Descoberta da
América e início do sistema colonial;
2. Estabelecimento do comércio de escravos africanos;
3. Criação de novas rotas comerciais;
4. Expansão política e militar das nações europeias.
5. Todas estas mudanças ainda se somam a várias outras, mais
localizadas, como por exemplo, o lento extermínio das populações indígenas da
América.
Resumindo, o
próprio mundo contemporâneo, para o bem e para o mal, é fruto daquele período
de intensa exploração e inovação europeia.
·
Grandes
navegações: resumo
Para encerrar este
artigo, vamos pontuar as principais etapas e descobertas das grandes
navegações, em ordem cronológica:
1415 – Marco
inicial da navegação pela costa africana, com a tomada de Ceuta (Marrocos),
pelos portugueses;
1487 – Bartolomeu
Dias contorna o continente africano pela primeira vez;
1492 – Colombo
chega ao Caribe, depois confirmado como sendo a América;
1498 – Vasco da
Gama chega à Índia;
1519 a 1522 –
Fernão de Magalhães faz a primeira navegação ao redor do mundo;
Décadas de 1540 a
1560 – Novas rotas comerciais com a chegada ao Japão;
Décadas de 1600 a
1640 – Descoberta da Oceania pelos holandeses.
ATIVIDADE 1
1 – Quais países
competiam os portugueses e espanhóis
pelas descobertas ocasionadas pelas grandes navegações ?
2 – Cite TRÊS
objetivos das grandes navegações do início da idade moderna.
3 – Cite um
continente ou país que não estava presente em mapas dos navegadores do século
XVI
AULA 2 – GRANDES
NAVEGAÇÕES – ATUALIZANDO – MARTE
ATUALIZANDO
Corrida a Marte
lembra grandes navegações portuguesas em conquista de um Novo Mundo
Publicado em:
07/05/2018 - 15:45 Modificado em: 09/05/2018 - 13:58
Nada
melhor do que estar em Portugal para sonhar com a nova missão espacial da NASA
em direção à Marte. Uma tentativa de instalar um sismômetro e um captor de
fluxos de calor para mapear o coração rochosos do nosso vizinho. Porque será
que um corpo celeste no começo tão parecido conosco perdeu toda a sua água e
atmosfera? A ideia é obter bastantes informações para um dia chegar lá. O planeta vermelho está na moda. A Rússia e
a China estão preparando missões, enquanto os europeus já participam no
programa da NASA. Mas por enquanto, só os americanos tiveram sucesso e já
conseguiram alinhar dois terços dos lançamentos e dos pousos de veículos
robóticos na superfície marciana. Mas o jogo está mudando com a entrada em
campo de grupos privados como o Space X do Elon Musk ou a companhia holandesa
Mars One.
Os
dois já anunciaram que seu objetivo é fazer lançamentos de robôs para preparar
a chegada dos primeiros astronautas e implantar a primeira colônia humana
permanente no solo de Marte em meados dos anos 2020. Isto é amanhã! Não são mais
só governos que têm vontade, meios e ambição para descobrir e até viver em
novos planetas.
Empresários
corajosos – ou temerários – já estão se mexendo, não só por espírito de
aventura mas também pela perspectiva de polpudos lucros: colônias humanas explorando
extraordinárias reservas de minério ou inventando novos produtos e materiais
nas condições ambientais diferentes de planetas ou asteroides acessíveis.
Tudo isso parece
cada vez mais com a efervescência de Portugal no lançar das “grandes descobertas”
no final do século XV. Naus financiadas pelo Tesouro real que partiam para
mapear territórios desconhecidos, abrindo o caminho para frotas de caravelas
custeadas por particulares junto com o Estado. Essas primeiras parcerias
público-privadas buscavam altos lucros no comércio do ouro ou das especiarias,
e procuravam conquistar e estabelecer monopólios comerciais e pontos de apoio
nos novos países encontrados.
No começo do
Renascimento, a viagem era mais de que incerta. A história das navegações
portuguesas – e também das espanholas – era feita de terríveis naufrágios,
epidemias a bordo, doenças tropicais e erros de rota. Muitas vezes não se sabia
aonde se ia chegar. Entrava-se mar adentro sem ter ideia se haveriam terras
para aportar.
As viagens
transatlânticas eram tão angustiantes e perigosas quanto a saga das conquistas
espaciais do século XX. Mas haviam dois motores irresistíveis para afrontar
todos os perigosos: a fome de lucro e a imensa curiosidade da descoberta. Uma
vontade de arriscar tudo para escapar de uma sociedade ainda feudal, parada,
onde quem não tinha a sorte de nascer em grandes famílias aristocráticas sabia
de antemão onde nasceria, morreria e labutaria sem nenhuma perspectiva de
melhora pelo resto da vida. Sair de sua condição de súdito miserável ou sem
esperança de ascensão, para tentar ser rico e rei em outro lugar.
Fugir de um mundo
onde não se vê mais saída
As “grandes
descobertas”, glória e horrores misturados, foram também a revelação de que a
mais fundamental das liberdades individuais é a de ir e vir. A possibilidade de
dizer: “vou me embora construir outra vida em outro sítio”. Fugir de um mundo
onde não se vê mais saída e criar um futuro diferente. Não é por acaso que
hoje, com a globalização das economias, das sociedades e das comunicações entre
terráqueos, haja alguns sonhando em se picar desse planeta poluído e cada vez
mais instável e angustiante.
A velha “saudade”
lusitana é filha das navegações: é a nostalgia do futuro ou – melhor – de um
tempo onde o futuro existia. Um tempo que desapareceu quando os navegantes
fizeram a volta ao mundo e não havia mais nada para descobrir. O sonho de Marte
é só a ânsia de criar novas fronteiras a serem conquistadas. É exercer a
liberdade de deixar o velho mundo atrás e inventar outro destino.
ATIVIDADE 2
1 -Quais
informações os pesquisadores querem para um dia poderem chegar em Marte?
2 – Quais nações
asiáticas estão preparando missões?
3 – Qual país já
enviou robôs à Marte?
4 -Além do
espirito de aventura, qual outro fator motiva empresas a buscarem contato com
Marte?
6 – Qual
comparação o texto faz entre as grandes navegações do início da era moderna e a
conquista de Marte?
AULA 3 – GRANDES
NAVEGAÇÕES – HOLANDA
Descobrimentos e Navegações
Holandesas
https://www.infoescola.com/historia/descobrimentos-e-navegacoes-holandesas/
O período de
maiores conquistas para a Holanda foi considerado o Século de Ouro Holandês.
Durante estes anos, a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos
cresceu economicamente estendendo seus territórios e comércio por diversos
locais. Ao mesmo tempo em que colonizaram Java, chegavam ao Nordeste do Brasil,
denominado na época como Brasil neerlandês.
Um nome importante
para as navegações holandesas foi o de Willem Janszoon, considerado o primeiro
europeu a avistar as terras australianas. Na verdade, ele tinha partido da
Holanda, pela terceira vez, para encontrar as especiarias da Índia. Janszoon
fazia parte da frota de 12 navios de Steven van der Hagen e, ao chegar à Índia,
foi incumbido da missão de encontrar novas rotas comerciais na chamada
"grande terra da Nova Guiné e outras Terras ao Sul”.
Em 1605, Duyfken,
nome de capitão de Willem Janszoon, rumou de Bantam à costa oeste da Nova
Guiné. Então, cruzou o extremo oriente do Mar de Arafura. Um ano depois,
desembarcou no Rio Pennefather (oeste do Cabo York), em Queensland, próximo à
atual cidade de Weipa. Considerados os primeiros europeus a pisarem em
continente australiano, Janszoon mapeou 320 km da costa da Austrália. No ano de
1615, Jacob Le Maire e Willem Schouten navegaram contornando o Cabo Horn para
provar que a Tierra del Fuego não era uma ilha tão grande.
No período de 1642
e 1644, o explorador holandês e comerciante a serviço da Companhia Holandesa
das Índias Orientais (VOC), Abel Tasman, executou viagem de circunavegação à
chamada Nova Holanda. Com isso, provou que a Austrália não fazia parte do Sul
do continente. Conhecido como o pioneiro a chegar à Terra de Van Diemen, onde
atualmente fica a Tasmânia, e a avistar as ilhas de Fiji (1643), Tasman e seu
navegador Visscher, juntamente ao comerciante Gilsemans fizeram mapas sólidos
da Austrália, das ilhas do Pacífico e da Nova Zelândia.
Após a fundação da
Companhia Holandesa das Índias Ocidentais em 1621, deu-se início a expedição de
Olivier van Noort que, segundo alguns historiadores, planejou uma invasão pela
baía de Guanabara quando esteve de passagem pela costa brasileira.
As embarcações de
Van Noort partiram de Roterdã, nos Países Baixos, em 1598. A tentativa de
desembarque na baía de Guanabara não obteve sucesso devido a ações indígenas e
da artilharia da Fortaleza de Santa Cruz da Barra. Além destas tentativas, os
holandeses sofreram outras retaliações na América. Tiveram baixas em um ataque
indígena na Patagônia (no atual Chile) e das forças armadas da Espanha no
Invasão holandesa no Brasil
Uma das
consequências diretas da União Ibérica foi a invasão holandesa no nordeste. A
Holanda possuía grande participação na produção do açúcar brasileiro por causa
de sua relação amistosa com Portugal, todavia, a Espanha estava em guerra
aberta contra a Holanda. Com o domínio espanhol estendido sobre o Brasil, os
holandeses resolveram atacar o nordeste brasileiro para garantir seu controle
sobre a produção e comercialização do açúcar Peru. Apesar disso, alguns
historiadores atribuem a descoberta da Antártida a Van Noort.
Entre 1614 e 1618,
o navegador Joris van Spielbergen realizou a segunda viagem de circunavegação
da Holanda. Seus navios desembarcaram em Cabo Frio, São Vicente e Ilha Grande.
Seis anos depois, as invasões holandesas no Brasil começaram. Elas se dividem
entre os períodos da Invasão de Salvador (Bahia) e a Invasão de Olinda e Recife
(Pernambuco).
A invasão de
Olinda e Recife divide-se em três fases: Fase de resistência ao invasor
(1630-1637), administração de Maurício de Nassau (1637-1644) e Insurreição
Pernambucana (1644-1654).
A Insurreição
Pernambucana foi, conhecida também por Guerra da Luz Divina, foi o movimento
que expulsou os neerlandeses do Brasil.
ATIVIDADE 3
1 -Quem é
considerado o 1º europeu a avistar a Austrália ?
2 – Que missão foi
dada a Willem Janszoon após chegar às índias ?
3 – Cite uma
empresa que tenha participado das navegações e conquistas holandesas.
4 -. Quem foram
considerados os primeiros europeus a pisarem em continente australiano ?
5 – Quando a
Holanda, por meio de uma empresa, invadiu o Brasil.
AULA 4 – GRANDES
NAVEGAÇÕES- UNIÃO IBÉRICA- INVASÃO HOLANDESA
Por quê a Holanda
invadiu o Brasil no século XVII ?
https://brasilescola.uol.com.br
A União Ibérica,
que ocorreu entre 1580 e 1640, foi a unificação das Coroas espanhola e
portuguesa a partir da crise sucessória do trono português. Essa crise de
sucessão decretou o fim da Dinastia de Avis e coroou o rei Filipe II, da
Espanha, como rei tanto de Portugal quanto da Espanha. O rei de Portugal, D.
Sebastião, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir contra os mouros no
Marrocos, em 1578. Como o rei não havia deixado herdeiros para sucedê-lo, quem
assumiu foi seu tio-avô, D. Henrique. No entanto, D. Henrique acabou morrendo
dois anos depois e, como também não possuía herdeiros diretos, foi iniciada uma
crise de sucessão do trono português. Após a morte de D. Henrique, três
pretendentes alegaram parentesco com D. Sebastião e lançaram-se na luta pelo
trono. Entre os pretendentes, estava o rei espanhol, Filipe II, que possuía
grande apoio entre os membros da nobreza portuguesa. Depois de invadir Portugal
e vencer pequenos conflitos contra um dos pretendentes ao trono, chamado
Antônio, o rei Filipe II foi coroado como rei de Portugal.
Os holandeses
também atacaram outras possessões portuguesas na costa africana. Assim,
sucederam-se ataques a colônias portuguesas na África, em 1595, e a Salvador,
em 1604. Com a criação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, os
holandeses resolveram invadir Salvador e dominaram a cidade por um ano
(1624-1625). Pouco depois, os holandeses invadiram Pernambuco (1630) e
conquistaram parte do litoral do nordeste brasileiro. A presença holandesa
nessa região estendeu-se durante 24 anos e teve Maurício de Nassau à frente da
administração colonial holandesa. O término da União Ibérica, com o surgimento
da
Dinastia de
Bragança em 1640, não levou ao fim do domínio holandês. Os holandeses só foram
expulsos do nordeste brasileiro pelos portugueses em 1654.
ATIVIDADE 4
1 – Quando ocorreu
a União Ibérica ?
2 – Por quê ela
ocorreu ?
3 – Quais países
se uniram ?
4- Qual a relação
entre a União Ibérica e a invasão holandesa ao nordeste brasileiro ?
AULA 5 – GRANDES NAVEGAÇÕES- IMPÉRIO BRITÂNICO
O que você precisa
saber sobre o Império Britânico
MARÍLIA MARASCIULO
26 JUL 2019 - 08H35 ATUALIZADO EM 26 JUL 2019 - 08H35
Em escuro, as colônias inglesas
no auge do maior império da história no fim do século XIX. A Inglaterra iniciou
seu império global ainda no século XVI. As 13 colônias na América do Norte
declararam sua independência em 1776, formando os Estados Unidos da América.
Origem
A atividade
imperial na Grã-Bretanha começou no fim do século 16, muito motivada pela
explorações portuguesas e espanholas pelas Américas e pelo Sudeste Asiático.
Outras potências europeias, entre elas França e Holanda, também se interessaram
pelo prestígio e riqueza que tais explorações traziam, com a extração de metais
preciosos e especiarias asiáticas. No período, a rainha Elizabeth I adotou uma
política de exploração das Américas e chegou a se envolver em conflitos navais
com a Espanha.
· Desenvolvimento
O Império
Britânico é geralmente dividido em duas fases. Na primeira, o foco foi em
estabelecer colônias na América do Norte e no Caribe. A Inglaterra chegou a
assinar um acordo com a Espanha para colonizar a região, mas a adoção de uma
política protecionista, impedindo o comércio com outras nações, gerou conflitos
com países como a Holanda. A colonização prosperou até o fim do século 18, com
a independência dos Estados Unidos. Os britânicos então mudaram de foco,
apostando no Pacífico e na África, conquistando a Índia — sua colônia mais
importante — Austrália e Nova Zelândia.
· O auge do império
O período entre
1815 e 1914, pós-independência dos EUA, foi o mais próspero para o império,
muitas vezes chamado de “o século britânico”. O império também foi fortalecido
pela revolução industrial: ele usava recursos das colônias para fabricar
produtos que eram então vendidos no mundo todo. O processo era facilitado pelo
controle britânico sobre as rotas de navegação — muitas colônias, aliás, foram
estabelecidas por suas posições estratégicas
ATIVIDADE 5
1 – Quando a
Inglaterra começou a formar seu grande império?
2 – Cite uma nação
que se envolveu em conflitos com a Inglaterra, por disputa por territórios
3 – Após a
independência das 13 colônias inglesas na América do Norte, estas viriam a
formar os Estados Unidos da América, onde se focou a colonização inglesa?
4 – Quando foi o
auge do Império Britânico?
AULA 6 – GRANDES NAVEGAÇÕES- DESCOBRIMENTO DO BRASIL
Descobrimento
do Brasil
https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/descobrimento-do-brasil.htm
O dia 22 de abril
de 1500 ficou marcado na história brasileira como a data da chegada dos
portugueses ao Brasil. Esse acontecimento também é chamado por alguns de
“descobrimento do Brasil”, e a expedição portuguesa, formada inicialmente com
13 embarcações, era liderada pelo capitão-mor Pedro Álvares Cabral.
A expedição
portuguesa e as notícias do achamento do Brasil foram relatadas pelo escrivão
da expedição, Pero Vaz de Caminha. Os portugueses permaneceram em terras
brasileiras até o dia 2 de maio de 1500, quando, então, seguiram viagem em
direção à Índia, o grande objetivo da expedição.
·
Pioneirismo
português
Ao longo do século XV, os
portugueses realizaram uma série de expedições de exploração do Oceano
Atlântico.
A chegada dos
portugueses ao Brasil é um dos resultados finais das grandes navegações, a
exploração oceânica que se deu ao longo de todo o século XV. Apesar dos
espanhóis terem chegado ao continente americano primeiro, os portugueses são
considerados os pioneiros nesse processo de exploração, fazendo grandes
“descobertas” nesse período.
O papel pioneiro dos
portugueses foi estudado pelos historiadores e justificado com base em fatores
políticos, econômicos e geográficos. Primeiro ponto de destaque refere-se à
estabilidade política e ao fato de que Portugal tinha um território unificado
havia séculos. No
caso territorial, os portugueses tinham expulsado os mouros, em 1249. Em
comparação, a Espanha, por exemplo, lutou contra os mouros até 1492, e ingleses
e franceses lutaram entre si, na Guerra dos Cem Anos, até 1453.
Além de ter um
território consolidado, Portugal desfrutava de uma política estável e sem
conflitos desde que a dinastia de Avis iniciou-se, no final do século XIV,
quando João, mestre de Avis foi coroado rei de Portugal. A estabilidade
política e o território unificado possibilitaram o país desfrutar de um
desenvolvimento comercial e tecnológico.
Esse
desenvolvimento tecnológico garantiu melhorias na navegação marítima cruciais
para que os portugueses explorassem os oceanos. Essa exploração englobava os
interesses de expansão comercial, militar e religiosa dos portugueses. Na
questão comercial, os portugueses possuíam um centro comercial muito importante
em Lisboa.
O interesse em
mercadorias exóticas, como as especiarias (pimenta-do-reino e canela, por
exemplo), era o que mais movia os portugueses nesse contexto. A Índia possuía
um vastíssimo mercado delas, motivando-os a manterem contatos comerciais com
ela. Como a rota tradicional, passando por Constantinopla, havia sido fechada,
era necessário explorar o oceano para achar uma nova passagem.
Para isso,
Portugal decidiu explorar a costa do continente africano à procura de uma
passagem que levasse à Índia. Essas expedições fizeram-nos chegar a lugares,
como Madeira, Açores e Cabo Verde. Eles também fizeram a instalação de
feitorias, isto é, entrepostos comerciais, ao longo da costa africana. O desejo
de expansão também se deve ao fato de que os portugueses, enquanto cristãos,
procuravam expandir seus domínios como maneira de promover a cristianização.
ATIVIDADE 6
1 -Quando os
portugueses expulsaram os mouros (muçulmanos) de seu território?
2- Quando os
espanhóis expulsaram os mouros (muçulmanos) de seu território?
3 – Quando acabou
a GUERRA DOS CEM ANOS entre Inglaterra e
França?
4- Cite DOIS
fatores que levaram ao pioneirismo português nas grande navegações.
5 – Quando os
portugueses chegaram ao Brasil ?
AULA 7 – GRANDES
NAVEGAÇÕES- DESCOBRIMENTO DO BRASIL
·
Europeus chegam à
América
Nesse contexto de
exploração atlântica, os espanhóis decidiram investir em um explorador que
estava decidido a chegar à Índia navegando pelo oeste. Esse era Cristóvão
Colombo, genovês que havia sido rejeitado pelos portugueses. Com o
financiamento espanhol, ele liderou três embarcações que, acidentalmente,
chegaram ao continente americano, no dia 12 de outubro de 1492.
Com a notícia do
achamento de uma nova terra a oeste, portugueses e espanhóis iniciaram uma
disputa diplomática pelo controle das novas terras que poderiam ser
encontradas. Essa disputa levou à redação de uma bula papal, em 1493, conhecida
como bula Inter Caetera, que delimitava a divisão das novas terras entre os
dois países.
Os portugueses,
não satisfeitos com o resultado dessa bula, iniciaram novas negociações com os
espanhóis, e o resultado foi a assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1494.
Esse tratado determinou a passagem de uma linha imaginária a 370 léguas do
arquipélago de Cabo Verde. As terras a oeste (esquerda) seriam espanholas, e as
terras a leste (direita) seriam portuguesas.
Chegada ao Brasil
Em 22 de abril de 1500, os
portugueses avistaram o Monte Pascoal, localizado no atual estado da Bahia.
A assinatura do Tratado de Tordesilhas,
portanto, era um marco que reforça a ideia de que os portugueses sabiam que
poderiam existir terras a oeste, eles só não tinham chegado a elas ainda.
Depois que o
continente africano foi contornado, eles
puderam manter contato comercial com a Índia. Foi nesse contexto que se
organizou a expedição de Pedro Álvares Cabral. Os portugueses queriam explorar
as possibilidades a oeste, e depois iriam à Índia comprar especiarias. Assim,
como podemos perceber, o capitão-mor da expedição foi Cabral, e ele estava à
frente de 13 embarcações, sendo três caravelas e 10 naus, que zarparam de
Lisboa em 9 de março de 1500. A rota da expedição seguiu um caminho não muito
comum, uma demonstração de que eles fariam uma mudança nela, de forma a
explorar o oeste antes de ir para a Índia. A expedição entrou na zona de
calmaria do oceano entre os
dias 29 e 30 de março, permanecendo nela
por cerca de 10 dias. Ela cruzou a Linha do Equador no dia 9 de abril, e em 21
de abril, os primeiros sinais de terra tinham sido avistados: algas marinhas.
No dia seguinte, 22 de abril, foram avistadas aves pela manhã, e, no
entardecer, os portugueses avistaram o Monte Pascoal.
Os portugueses não desembarcaram naquele
dia, e só no dia 23 de abril é que Cabral permitiu que um batel (bote),
liderado por Nicolau Coelho, fosse enviado à terra. Lá houve o primeiro contato
com os indígenas, acontecimento relatado por Pero Vaz de Caminha. Alguns dos
nativos foram levados à presença de Cabral, e o relato deixado pelo escrivão é
interessante e demonstra a diferença cultural. Vejamos um trecho:
Mostraram-lhes um papagaio pardo que o
Capitão traz consigo: pegaram-no logo com a mão e acenavam para a terra, como a
dizer que ali os havia. Mostraram-lhes um carneiro: não fizeram caso dele; uma
galinha: quase tiveram medo dela – não lhe queriam tocar, para logo depois
tomá-la, com grande espanto nos olhos. Deram-lhe de comer: pão e peixe cozido,
confeitos, bolos, mel e figos passados. Não quiseram comer quase nada de tudo
aquilo. E se provavam alguma coisa, logo a cuspiam com nojo|1|.
No dia 26 de abril, foi celebrado o Dia de
Pascoela, comemoração religiosa celebrada sete dias depois da Páscoa. Essa foi
a primeira missa que aconteceu no território brasileiro e foi conduzida pelo
frei Henrique de Coimbra. Por fim, a expedição portuguesa resolveu navegar na
direção da Índia a partir de 2 de maio de 1500.
A chegada dos portugueses aqui, em 1500,
não significou que medidas expressivas de colonização fossem realizadas. A
prioridade portuguesa ainda era o mercado de especiarias, e, até a década de
1530, a presença portuguesa deu-se por meio de pequenas feitorias instaladas no
litoral. Essas feitorias eram locais em que se realizava a exploração do
pau-brasil.
ATIVIDADE
7
1
– Inicialmente, onde queria chagar Cristóvão Clombo?
2
– Quando Colombo chegou à América?
3
– Qual o tratado assinado entre Portugal e Espanha em 1494?
4
– O que dizia este tratado?
5
– Como foi relatado ao rei português, o “descobrimento do Brasil?
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