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sexta-feira, 19 de junho de 2020

ATIVIDADES DE HISTÓRIA 7º ANO - PROFESSOR SEBASTIÃO

A IDADE MODERNA

A Idade Moderna é o período histórico em que as monarquias europeias constituíram-se e fortaleceram-se, expandindo seu poder para os cinco continentes do mundo. Com as grandes navegações iniciadas no século XV, as diversas partes do planeta começaram a se integrar nessa época.
O início da Idade Moderna aconteceu com a tomada da cidade de Constantinopla pelos Turcos- Otomanos, em 1453, e encerrou-se com a queda da Bastilha e a Revolução Francesa, em 1789. Marcou também esse período o Renascimento Cultural, que revolucionou as artes e as ciências, através de figuras históricas, como Leonardo da Vinci e Michelangelo.
A descoberta da América e as rotas comerciais com a África e a Ásia criaram as bases de acumulação de capital necessárias ao desenvolvimento do capitalismo no período histórico posterior. Entretanto, essas mudanças econômicas ocorreram à custa da vida de milhões de seres humanos,  principalmente ameríndios e africanos escravizados. No aspecto religioso, o cristianismo católico deixou de deter o monopólio religioso na Europa com o advento da Reforma Protestante.

ORIENTAÇÃO:
O(A) aluna(a) deverá ler o texto com bastante atenção e em seguida, fazer um resumo no caderno EXPLICANDO O QUE FOI A CHAMADA IDADE MODERNA.
Igreja e Cultura Medieval
Fortalecida desde o fim do Império Romano, a Igreja Católica teve sua influência ampliada quando os francos, tribos germânicas que adentraram o espaço do império romano, converteram-se ao cristianismo. No contexto das sociedades medievais, a Igreja respondia por muitos aspectos da unidade cultural como, por exemplo: fé cristã e língua latina. De acordo com o historiador Hilário Franco Jr., a Igreja sintetizou elementos da cultura romana e germânica, ao fazer isso, “forjou a unidade espiritual, essencial para a civilização medieval”.

Segundo Gilberto Cotrim, em seu livro História Global, os sacerdotes enriqueciam à custa de doações feitas pelos fiéis, que acreditavam receber, em troca disto, recompensas no pós morte. Cotrim ainda ex- plica que as congregações religiosas controlavam um terço das terras cultiváveis europeias e, por serem tão poderosas, impunham seus valores na vida dos cidadãos.

Além de influenciar a população com seus dogmas, a Igreja controlava também a educação. Ao final do século XII, as universidades estavam extremamente ligadas à Igreja, que influenciava diretamente no conteúdo passado aos jovens. As universidades de Roma, Coimbra, Oxford, Paris e Salerno eram as de maior destaque.

Além de ter sua cultura dominada pelos valores religiosos da Igreja, a cultura medieval é lembrada por diversos outros aspectos. Na arquitetura, os estilos românico e gótico marcaram época. O primeiro apre- senta traços simples e rigorosos, muros bem reforçados, janelas estreitas e pilares grossos. Já o estilo gótico era mais leve, elegante e apresentava traços mais verticais. As janelas sempre recebiam ornamen- tos de vidro com mosaicos coloridos, além da boa iluminação, paredes angulosas, altas; e pilares mais extensos. Um bom exemplo da cultura arquitetônica gótica é a catedral de Reims, em Paris.

Na pintura, o domínio era de figuras humanizadas de divindades. Neste período destacam-se Giotto di Bondone, pintor e arquiteto italiano; e Cenni di Petro Cimabue pintor florentino e criador de mosaicos. Na música, houve também influência da Igreja, sendo o estilo sacro o de maior destaque. Nomes como Gregório Magno, introdutor do canto gregoriano; e Guido d’Arezzo, que batizou as sete notas musicais, foram extremamente importantes para o desenvolvimento da música erudita. Também se destacaram os trovadores e menestréis da música popular. Os primeiros eram compositores e poetas românticos “popu- larescos”, já os segundos eram os acompanhantes dos trovadores.

Outro campo que se desenvolveu bastante foi a literatura. Havia a épica, que contava histórias de heróis e suas aventuras; e a lírica, mais sobre sentimentos e emoções. Um grande nome da literatura medieval foi o italiano Dante Alighieri, com sua mais importante obra, A Divina Comédia. No campo filosófico, os nomes mais conhecidos foram: Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino e Roger Bacon.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.

O(a) aluno(a) deverá ler com bastante atenção o texto e em seguida responder em seu caderno as ques- tões abaixo.
1.              Como o historiador Gilberto Cotrim descreve a Igreja e seus sacerdotes nos parágrafos 2 e 3?
2.              Além de ter sua cultura dominada pelos valores religiosos da Igreja, a cultura medieval é lembra- da por diversos outros aspectos. Na arquitetura, pelos estilos românico e gótico. Caracterize os dois estilos citados na afirmativa.
3.              Comente sobre a pintura, a música e literatura no contexto medieval.

Grandes Navegações

As Grandes Navegações, também conhecidas como Expansão Marítima, foram o processo de exploração e navegação do Oceano Atlântico que se iniciou no século XV e estendeu-se até o século XVI. Nesse período, os europeus descobriram novos caminhos marítimos para alcançar a Ásia. Além disso, chegaram pela primeira vez a terras até então desconhecidas por eles, como o continente americano, local ao qual chegaram em 1492.

Resumo

As Grandes Navegações foram o processo de exploração do Oceano Atlântico realizado pioneiramente por Portugal no século XV e acompanhado por outros países europeus ao longo do XVI. Levaram a uma série de “descobrimentos” por parte dos europeus e resultaram, por fim, na chegada europeia ao continente americano em 1500.

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Por meio das Grandes Navegações, iniciou-se a colonização da América e consolidou-se a passagem da Idade Média para a Idade Moderna.

Grandes navegações portuguesas

Quando o assunto são as Grandes Navegações, o pioneirismo português sempre se destaca. Foi a partir do exemplo dado por Portugal que outros países da Europa, como Espanha e França, lançaram-se à navegação e exploração do Oceano Atlântico. O pioneirismo português foi resultado de uma série de condições que permitiram a esse pequeno país da Península Ibérica lançar-se nessa empreitada.
Na época, Portugal reunia condições políticas, econômicas, comerciais e geográficas que tornaram possível seu papel pioneiro. O resultado disso foi a “descoberta” de diversos locais desconhecidos pelos europeus, além da abertura de novas rotas e o surgimento de novas possibilidades de comércio. Para os portugueses, todo esse processo culminou na chegada da expedição de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500.

Alguns fatores explicam esse pioneirismo de Portugal:
Monarquia consolidada; Território unificado;
Investimento no desenvolvimento de conhecimento náutico; Interesse da sociedade na expansão do comércio; Investimentos estrangeiros no comércio;
Posição geográfica.

No século XV, Portugal era uma nação politicamente estável. Essa estabilidade foi garantida pela Revolução de Avis, realizada entre 1383 e 1385. Com isso, Portugal teve melhores condições para investir no desenvolvimento do comércio e da tecnologia náutica. Em comparação, as nações vizinhas (Espanha, França e Inglaterra) ainda procuravam estabilidade política nesse mesmo período.
Outro fator era a questão territorial, uma vez que o território português já havia sido consolidado desde o século XIII, quando a região de Algarve foi reconquistada dos mouros (muçulmanos que invadiram a Península Ibérica no século VIII). Os vizinhos espanhóis, por exemplo, só garantiram certa unificação territorial no final do século XV.
Em relação à tecnologia e ao conhecimento náutico, existem muitos historiadores que atribuem uma grande importância à Escola de Sagres, centro de estudos construído por infante D. Henrique em Algarve. Nesse local, promoviam-se pesquisas de desenvolvimento de melhores técnicas de navegação. Novos estudos, porém, levaram alguns historiadores a questionar a existência e a importância dessa escola no pioneirismo de Portugal. “Ainda como fatores tecnológicos para as Grandes Navegações, vale a pena acrescentar o conhecimento do astrolábio, da bússola, do quadrante e da pólvora”.

Outro fator importante foi a relevância comercial assumida por Portugal por volta do século XV. Essa importância e vocação comercial dos portugueses resultaram da influência dos mouros no período em que


dominaram a Península Ibérica. Por fim, há que se destacar que Lisboa havia recebido grandes investimentos de comerciantes genoveses, que estavam interessados em transformar a cidade em um grande centro comercial.
Havia ainda a questão geográfica: Portugal estava posicionado mais a oeste que qualquer outra nação europeia. Além disso, era o país europeu mais próximo da costa oeste do continente africano. Isso fazia de Portugal ponto de partida para expedições que buscavam uma nova rota para alcançar a Índia e o tão valorizado comércio das especiarias.
A soma de todos esses fatores fez com que Portugal tivesse as condições necessárias para ser a nação pioneira das Grandes Navegações, processo que resultou em grandes “descobertas”:

1415: conquista de Ceuta, no norte da África; 1418: chegada à Ilha da Madeira;
1427: chegada a Açores;
1434: travessia do Cabo Bojador;
1488: travessia do Cabo da Boa Esperança;
1499: descobrimento de um novo caminho para a Índia; 1500: chegada ao Brasil.

Grandes navegações espanholas


Ao longo de todo o século XV, a Espanha, nação vizinha de Portugal, assistiu à expansão marítima conduzida pelos portugueses. A Espanha manteve-se alheia a esse processo até, praticamente, o final do século
XV. Isso ocorreu porque a nação espanhola, durante toda parte desse século, teve como grande prioridade garantir a expulsão dos mouros – o que foi concluído somente em 1492. Além disso, politicamente falando, a Espanha só atingiu certa estabilidade com o casamento dos monarcas Fernando e Isabel, em 1469.
O investimento em expedições marítimas só foi possível depois da conquista de Granada, cidade ao sul da Espanha, em 1492. A primeira expedição espanhola foi liderada pelo genovês Cristóvão Colombo. Nela, três embarcações (Niña, Pinta e Santa María) saíram da Espanha visando a alcançar a Ásia. No entanto, essa expedição alcançou a região das Bahamas, no continente americano, em 12 de outubro de 1492.

Consequências

As Grandes Navegações conduziram uma série de mudanças que já estavam em curso na Europa desde o século XII. Com esse processo, a Europa iniciou sua passagem para a Idade Moderna e deu prosseguimento ao fortalecimento do comércio e da moeda, garantindo, assim, o mercantilismo, práticas econômicas que fizeram a transição do feudalismo para o capitalismo.
As Grandes Navegações foram responsáveis por transformar Portugal na maior potência do  mundo durante os séculos XV e XVI, por meio do grandioso império ultramarino formado pelos portugueses. Assim, Portugal estabeleceu colônias em diferentes partes do mundo: América do Sul, África e Ásia.


ORIENTAÇÃO:

O(A) aluna(a) deverá ler o texto com bastante atenção e em seguida, resolver no caderno a questões abaixo.
1.  O que foram as Grandes Navegações?
2.  Quando elas aconteceram?
3.  Identifique as inovações tecnológicas que contribuíram para as Grandes Navegações.
4.  Quais foram os fatores de causa das Grandes Navegações?
5.  Por que Portugal foi pioneiro nas Grandes Navegações?
6.  Descreva as Grandes Navegações espanhola.
7.  Quais eram as especiarias das Índias mais valorizadas nas Grandes Navegações?
8.  Quais foram as consequências das Grandes Navegações?


AS GRANDES NAVEGAÇÕES

       Você já imaginou o que é viajar para lugares  distantes em embarcações frágeis e pequenas? Viajar em barcos lotados e com pouco espaço para os tonéis de água? Viajar sem nenhuma certeza do caminho? Pois bem, esses foram alguns dos desafios enfrentados pelos europeus durante as Grandes Navegações: conjunto de viagens  de longa distância feitas pelos europeus durante os séculos XV e XVI.

Enfrentando perigos

       Para velejar em alto-mar, os europeus do século XV enfrentaram perigos reais e imaginários.
       Entre os perigos reais estavam os ventos desfavoráveis, a ameaça de encalhe, os lugares desconhecidos, a fome, a doença e a sede nos navios.
       Os perigos imaginários também eram muitos, como, por exemplo, a crença de que a terra era achatada como uma pizza e que aquele que se afastasse muito do litoral cairia em um abismo; de que na altura da linha do equador os navios se incendiariam; de que o mar era habitado por monstros terríveis etc.

Motivos das Grandes Navegações

       Se era assim tão perigoso, por que, então, os europeus se lançaram às Grandes Navegações?
       O motivo principal foi o desejo de conseguir as especiarias e os artigos de luxo orientais na fonte; isto é, no próprio Oriente.
       No século XIV, o rico comércio com o Oriente era controlado em grande parte por árabes e italianos. Os árabes traziam os produtos do Oriente até os portos do Mediterrâneo. Ali, os mercadores italianos compravam esses produtos das mãos dos árabes muçulmanos e os revendiam na Europa com grande lucro.
       Com o Mediterrâneo era controlado pelos italianos, só reserva uma alternativa a quem quisesse participar do comércio de especiarias: buscar um novo caminho para o Oriente. Além da motivação econômica, havia também a religiosa: o desejo de expandir a fé cristã para outros continentes. A liderança na expansão marítima rumo ao Oriente coube aos portugueses.
Portugal, o primeiro nas Grandes Navegações
       Vários motivos contribuíram para Portugal se tornar o pioneiro nas Grandes Navegações:
a)        Portugal foi o primeiro país a possuir uma Monarquia centralizada; um rei com controle sobre todo o território nacional.
b)        Há tempos os portugueses praticavam a pesca e venda de sardinha, bacalhau e atum, o que estimulou o surgimento de uma burguesia próspera nas cidades litorâneas portuguesas, como Porto, Setúbal e Lisboa.
c)         O desenvolvimento de técnicas e de conhecimentos necessários à navegação, como o aperfeiçoamento de mapas e, portulanos, da bússola e a intervenção da caravela.

A CARAVELA

Sabe-se hoje que foram os portugueses os primeiros a projetar e construir uma caravela, fato ocorrido entre 1430 e 1440. Sabe-se também que as caravelas significaram um grande avanço técnico, pois, além de serem ligeiras e fáceis de manobrar, podiam entrar em rios, contornar bancos de areia e zarpar com certa velocidade no caso de um ataque.

Navegando com os portugueses

Os portugueses acreditavam que chegariam  ao Oriente contornando a África. Mas, inicialmente, esperavam obter lucros conquistando Ceuta, um importante ponto de comércio entre árabes e italianos, situado no norte da África. Porém, a conquista de Ceuta, em 1415, não trouxe os lucros esperados, pois os árabes desviaram suas caravanas para outros pontos da África.
Diante disso, os portugueses decidiram planejar o passo seguinte com mais cuidado. Com o apoio de capitães experientes de estudiosos e de construtores de navios, os portugueses iniciaram o périplo africano, isto é, o contorno da África para chegar ao Oriente.
Com a chegada de Vasco da Gama à Índia, 1498, os portugueses realizavam seu maior sonho: chegar ao Oriente contornando a África. Ao regressar a Lisboa, Vasco da Gama trouxe consigo uma fortuna em pimenta, canela e gengibre. A venda dessas especiarias possibilitou aos investidores um lucro extraordinário (alguns historiadores falam em 600%).
Aberto o caminho marítimo para o Oriente, partia de Lisboa todos os anos uma expedição que ia até a cidade de Goa, na Índia, buscar as cobiçadas especiarias. Em poucos anos, o negócio das especiarias, com destaque para a pimenta, tornou-se principal fonte de renda do governo de Portugal.

A concorrência espanhola

Os reis espanhóis Fernanda e Isabel também se aplicavam na busca de um novo caminho marítimo para o Oriente. Em 1492, esses reis aprovaram o audacioso plano do navegador genovês Cristóvão Colombo. O plano de Colombo consistia em buscar o Oriente navegando em direção ao Ocidente, isto é, dando a volta em torno do mundo. Colombo acreditava que a Terra era redonda. Além disso, julgava que ela fosse menor do que é. O que ele não sabia, porém, é que no meio do caminho havia outro continente.
Colombo saiu do porto de Palos com três caravelas (Santa Maria, Pinta e Niña) e, depois de velejar cerca de dois meses, embalado por fortes ventos favoráveis, teve uma grata surpresa  -  encontrou um continente “novo” para os europeus: a América. Era 12 de outubro de 1492. Mas, como pensou ter chegado às Índias, chamou de “índios” os diferentes povos que habitavam essas terras havia milhares de anos.

DESCOBERTA, ENCONTRO OU INVASÃO.

Mais de 500 anos depois da chegada de Colombo nas Bahamas, na América Central, uma pergunta continua no ar: 12 de outubro de 1492 foi o dia da descoberta, do encontro ou da invasão da América pelos europeus?
Não se pode dizer que Colombo descobriu a América, afirmam os historiadores, pois, quando ele aqui chegou pela primeira vez, o continente americano era habitado por milhões de indígenas.
O historiador mexicano Miguel León Portilla sugeriu, então, que 12 de outubro de 1492 devia ser visto como dia do “encontro de dois mundos”: o mundo americano e o europeu.
Já outros estudiosos discordam dele: preferem dizer que o número de mortes de ameríndios no contato com os europeus foi tão elevado que o dia da chegada de Colombo deve ser considerado como o dia da invasão da América pelos europeus.
A notícia sobre as terras americanas quase causou uma guerra entre a ESPANHA E PORTUGAL, já que ambos queriam ter direitos sobre elas. Depois de discussões prolongadas, esses países chegaram a um acordo, assinando em 1494 o Tratado de Tordesilhas. Esse tratado riscou no mapa uma linha imaginária a 370 léguas das ilhas do Cabo Verde. As terras a oeste dela pertenceriam à Espanha; as localizadas a lestes seriam de Portugal.
França, Inglaterra e Holanda não aceitaram o Tratado de Tordesilhas e continuaram a enviar expedições para a América, África e Ásia. Portugal, por sua vez, avançava na construção de um enorme império marítimo-comercial, o mesmo fazendo a Espanha.
Cabral toma posse das terras brasileiras
Animado com o lucro da viagem de Vasco da Gama, o rei de Portugal, D. Manuel, decidiu enviar outra expedição às Índias, a fim de firmar o comércio português com o Oriente.
Essa esquadra, caminhada pelo nobre Pedro Álvares Cabral, partiu de Lisboa em 09 de março de 1500. Era formada de 13 navios (10 naus e três caravelas) e cerca de 1500 pessoas, incluindo escrivão, cartógrafos, padres, soldados e navegadores experientes, como Bartolomeu Dias, o primeiro europeu a contornar a África.
O rei encarregou Cabral de tomar posse das terras que encontrasse pelo caminho. Por isso, Cabral ordenou aos pilotos da sua esquadra que se afastasse do litoral africano, velejando cada vez mais em direção ao Ocidente.
Depois de 43 dias no mar, os tripulantes avistaram pássaros e algas marinhas, sinal de que havia terra por perto. Finalmente, na tarde do dia seguinte, 22 de abril de 1500, uma quarta-feira, avistaram um monte verde-azulado de formas arredondadas, ao qual deram o nome de Montes Pascoal, pois era semana da Páscoa.
Os portugueses desembarcaram junto a uma aldeia do povo Tupiniquim, no lugar onde é hoje Porto Seguro, na Bahia. Lá fincaram uma cruz de madeira para dizer que daquela data em diante aquelas terras eram deles. Depois de tomar posse, estabelecer contato com os indígenas e ordenar a celebração da primeira missa, Cabral enviou uma navio de volta levando a carta de Pêro Vaz de Caminha, o escrivão de sua armada.
A carta de Caminha é um importante documento histórico. Leia a seguir um trecho que fala da nossa terra:
Nesta terra, até agora, não pudemos saber se existe ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro. Porém, a terra em si é de bons ares, assim frios e temperados. As águas são muitas e infinitas. A terra é tão grandiosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa das águas que tem.
Porém, o melhor fruto que podemos tirar dela, me parece, será salvar esta gente, tornando-a cristã.
E, desta maneira, aqui conto a Vossa Alteza o que vi nessa Vossa terra.

Ingleses, franceses e holandeses

Ingleses, franceses e holandeses também cobiçavam as especiarias orientais. Para chegar a elas, navegavam em direção ao Oriente por diversos caminhos.
Em 1497, o navegador genovês Giovanni Caboto, navegando a serviço da Inglaterra, tentou em vão encontrar uma passagem para o Oriente pelo extremo norte. Nesta viagem, Caboto explorou alguns pontos da América do Norte.
Em 1534, foi a vez de o navegador francês Jacques Cartier buscar uma passagem para o Oriente pelo extremo norte. Ele explorou o Rio São Lourenço e tomou posse, em nome do rei da França, de parte dos atuais Canadá e Estados Unidos. Tanto os ingleses quanto os franceses daquela época dedicavam-se à pirataria, erguendo várias feitorias na África e na Ásia. Os franceses chegaram a invadir o Brasil duas vezes.
A Holanda lançou-se às navegações só no final do século XVI. Mas, em poucas décadas, conquistou áreas ricas em especiarias em diversos continentes: região do Cabo (África), Java, Ceilão e Ilhas Molucas ( Ásia ), Nova Amsterdã (atual Nova York), Antilhas e Nordeste do Brasil (América ).
As Grandes Navegações provocaram importantes mudanças no cenário mundial:
a)        o comércio ganhou proporções mundiais;
b)        o Atlântico passou a ser mais importante que o Mediterrâneo como via de comércio. Com isso, assistiram-se ao declínio das cidades italianas e à ascensão dos países banhados pelo Atlântico, com Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda;
c)         os europeus ergueram vastos impérios coloniais e se apropriaram da riqueza dos povos africanos, asiáticos e ameríndios;
d)        europeus, africanos, ameríndios e asiáticos de conviver cada vez mais com as diferenças entre si.

n   Referência bibliográfica:
n   JÚNIOR, Alfredo. Coleção História: Sociedade & Cidadania. São Paulo. FTD, 2009.
ORIENTAÇÃO:
A partir da leitura do texto acima, responda as questões abaixo.

1.        Faça uma comparação entre as viagens marítimas atuais com aquelas realizadas no passado.
2.        Faça uma lista citando os perigos imaginários e reais enfrentados pelos navegantes europeus do século XV.
3.        Se navegar era tão perigoso, por que os europeus se lançaram nas Grandes Navegações?
4.        Explique como funcionava o comércio no mar Mediterrâneo.
5.        Além da motivação econômica, que outra  motivação existia para a expansão marítima europeia?
6.        Identifique  as principais razões para o pioneirismo português nas Grandes Navegações.
7.        Identifique a rota escolhida pelos portugueses para alcançar as Índias orientais.
8.        Identifique as principais viagens empreendidas pelos portugueses durante as chamadas Grandes Navegações.
9.        Comente sobre a viagem de Vasco da Gama.
10.    Comente sobre a aventura marítima empreendida por Cristovão Colombo.
11.    Doze de outubro de 1492 foi o dia da descoberta, do encontro ou da invasão da América? Explique.
12.    Comente sobre o Tratado de Tordesilhas.
13.    Todos os demais países passaram a respeitar o acordo feito entre Espanha e Portugal, denominado Tratado de Tordesilhas. Comente está afirmativa.
14.    Faça um resumo da viagem de Pedro Álvares Cabral.
15.    A Carta escrita por Pero Vaz de Caminha é considera como a certidão de nascimento do Brasil.
a)        O que se pode concluir pela leitura da primeira frase?
b)        Em que trecho da carta se percebe  a  intenção dos portugueses em expandir  sua  religião?
c)        Em que trecho o escrivão  diz que considera a nova terra propriedade do rei de Portugal?
16.    Comente sobre as viagens empreendidas pelos ingleses, franceses e holandeses com o objetivo de chegar ao oriente.
17.    Identifique as mudanças trouxeram as Grandes Navegações?

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