Pesquisar este blog

terça-feira, 28 de abril de 2020

Atividades História 7º ano - Professor Sebastião Abiceu


PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS – MG
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL ROZENDA ZANE MORAES

Turma: 7º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL  - ANOS FINAIS
Disciplina: HISTÓRIA    – PROFESSOR: SEBASTIÃO ABICEU


TEXTO BÁSICO: Feudalismo na Idade Média 


Introdução 
 
O feudalismo tem inicio com as invasões germânicas (bárbaras ), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa). As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos.


Estrutura Política do Feudalismo
Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e suserania. O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano. O vassalo oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.
Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).

Sociedade feudal 
A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada. O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade. Era isento de impostos e arrecadava o dízimo. A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos. Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).

Economia feudal
A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura. 


Religião
Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando. Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade. Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a bíblia.


As Guerras 
A guerra no tempo do feudalismo era uma das principais formas de obter poder. Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval. A residência dos nobres eram castelos fortificados, projetados para serem residências e, ao mesmo tempo, sistema de proteção.


Educação, artes e cultura
A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.
A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.
Podemos dizer que, em geral, a cultura e a arte medieval foram fortemente influenciadas pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.  
 

FONTE: https://www.suapesquisa.com/feudalismo/- acessado 24-04-2020





Leia o texto com atenção e responda no caderno:

  1. Identifique os pontos básicos (características gerais), do feudalismo.
  2. De acordo com o texto explique as seguintes expressões: suserano, vassalo e feudo
  3. Organize em forma de pirâmide a sociedade feudal.
  4. Comente sobre cada grupo da sociedade feudal.
  5. Reescreva o parágrafo referente a economia do período feudal.
  6. Caracterize a Igreja Católica no período feudal.
  7. A guerra durante a Idade Média era uma atividade importante. Explique esta afirmativa.
  8. Reescreva o parágrafo referente a guerra na Idade Média destacando a cavalaria.
  9. Faça um resumo do item referente a educação, artes e cultura.

  10. TEXTO BÁSICO: MUDANÇAS NO FEUDALISMO

                    O feudalismo viveu o seu apogeu entre os séculos IX e X; a partir de então a Europa feudal começou a mudara, e duas dessas mudanças merecem especial atenção:
    1º  a expansão das áreas de cultivo em razão da derrubada de florestas e da drenagem de pântanos;
    2º a introdução de importantes  inovações técnicas, tais como:
    a)            o uso do arado de ferro (a charrua) em lugar do arado de madeira;
    b)            o uso de cultura em três campos (rotação trienal). Antes eram usados apenas dois campos  (rotação bienal). A partir do século XI, cada área passou a ser dividida em três campos;
    c)            a utilização do cavalo para puxar o arado. O cavalo antes era atrelado pelo pescoço, o que limitava bastante seu rendimento e o sufocava; a partir do século X passou a atrelado pelo peito, o que aumentava seu rendimento e resistência;
    d)            o aprimoramento e a difusão dos moinhos acionados pela força do vento ou da água contribuíram para aumentar a velocidade e a qualidade da moagem do trigo.
    Com a ampliação das áreas cultivadas e a difusão das inovações técnicas, ocorreu um aumento da produção de alimentos; melhor alimentadas, as pessoas passaram a viver mais e a ter mais filhos, ocorrendo assim um aumento progressivo da população.

    O revigoramento do comércio e das cidades

                    Com o aumento da oferta de alimentos, já não havia necessidade de tanta gente para trabalhar na agricultura. Então, muitos camponeses deixaram o campo em busca de ouro meio de vida: alguns foram trabalhar como artesãos (sapateiros, carpinteiros, ferreiros) nas cidades; outros se tornaram mercadores ambulantes, levando e trazendo mercadorias de um lugar para outro.
                    Além disso, os moradores do campo passaram a trocar o que produziam  (alimentos) por artigos produzidos nas cidades ( roupas, sapatos e móveis); isso estimulou o artesanato, o comércio local e a vida urbana.

    O comércio de longa distância

                    A partir do século XI, o comércio de longa distância também se intensificou. Das várias rotas comerciais (terrestres e marítimas) quatro eram especialmente importantes:
                    1º as que ligavam as cidades italianas  ao  Oriente – via mar Mediterrâneo. Os mercadores de Gênova e Veneza compravam artigos de luxo (seda, perfumes, porcelanas) e especiarias nos portos de Constantinopla e Trípoli e os revendiam com grande lucro no norte da Europa.
                    2º as que ligavam o sul ao norte da Europa  - por terra. Uma delas ligava Gênova e Bruges, passando pelas feiras da região de Champagne (França); outra ligava Veneza a Hamburgo. 

    As feiras medievais

                    Com o  aumento do volume de comércio, surgiram também as feiras. As feiras medievais duravam de 15 a 60 dias, aconteciam numa ou duas vezes por ano e reuniam mercadores de várias partes do mundo. Nelas era possível ver um genovês vendendo pimenta, um inglês oferecendo lã, um hamburguense vendendo madeira, e assim por diante.
                    Como cada comerciante comparecia à feira com a moeda de sua região, e como as moedas tinham valores diferentes, surgiram os cambistas, pessoas que faziam o câmbio (a troca) do dinheiro. Os cambistas colocavam as moedas sobre um banco de madeira para examiná-las; por isso receberam o nome de banqueiros. Logo, os banqueiros passaram a fornecer empréstimos a juros.

    Cidades novas e antigas

                    Nos primeiros séculos da Idade Média, as cidades eram geralmente pequenas, com poucos moradores que viviam, sobretudo, do trabalho no campo. A vida no campo tinha mais importância do que a vida urbana.
                    A partir do século XI, no entanto, com o aumento do artesanato e do comércio, as cidades cresceram, e novas cidades surgiram. Algumas nasceram ao redor das feiras; outras, às margens de rios, e outras ainda em  torno do castelo  de um nobre, como Carcassonne, na França.

    Comerciantes, artesãos e suas corporações

                    Em muitas cidades medievais, uma pessoa só podia trabalhar se pertencesse a uma corporação de ofício, isto é,  a uma associação de profissionais de um mesmo ramo de atividade. As corporações protegiam seus associados contra a concorrência e os amparavam na velhice e na doença.
                    As corporações de comerciantes eram chamadas de ligas e reuniam profissionais de diversas cidades da Europa. A mais rica delas, a Liga Hanseática, possuía numerosos navios e chegou a dominar o comércio do norte da europeu.
                    Os artesãos também tinham suas corporações: a dos sapateiros, a dos tecelões, a dos ferreiros etc. Cada corporação estabelecia as regras para o ingresso na profissão e controlava o preço, a qualidade e a quantidade do que ia ser produzido. Evitava-se, com isso, a concorrência entre os seus associados. Um sapateiro não podia usar um tipo de couro inferior ao de seu colega nem cobrar um preço alto pelo sapato que havia feito.

    As cidades libertam 

                    Grande parte das cidades medievais se localizava nas terras de um conde, duque ou bispo, a quem os moradores tinham de pagar impostos e prestar serviços gratuitos, como consertar estradas e pontes. Para se libertarem desse controle e obterem sua autonomia, os habitantes das cidades uniam seus esforços e compravam a carta de franquia, documento que dava a eles o direito de administrar a sua cidade. Com essa carta em mãos, eles elegiam representantes, que, geralmente, eram comerciantes ou banqueiros. É desta época um ditado popular que dizia: “ O ar da cidade torna o homem livre”.

    A força da Igreja

                    Na Europa medieval, a fé das pessoas era grande, mas a força da Igreja se devia, sobretudo, à sua organização e  riqueza.
                    O posto mais alto da Igreja era ocupado pelo bispo de Roma, que, no ano 455, passou a ter autoridade sobre os outros bispos e, anos depois, passou a se chamar papa. Abaixo do papa estavam os bispos e, abaixo deles, os padres e os párocos.
                    A força da Igreja estava também na sua riqueza. Nos primeiros séculos da Idade Média, a Igreja enriqueceu rapidamente por causa das doações de terras e dinheiro que recebia dos fiéis. Além disso, no século IV a Igreja ganhou o direito de não pagar impostos, o que lhe permitiu acumular mais bens. Muitos bispos possuíam vários feudos com centenas de servos. Na Idade Média, a Igreja era a maior proprietária de terras da Europa ocidental; isto em uma época em que a principal fonte de riqueza era justamente a terra.

    Em defesa do Cristianismo
                    Muitos membros da Igreja esqueciam-se da humildade e do amor ao próximo para levar uma vida de luxo e de ociosidade. Alguns cristãos reagiam a isso se retirando para viver em grutas ou então em mosteiros, isto é, comunidades formadas de monges e monjas.
                    Já existiam vários mosteiros na Europa do século V. Mas a vida monástica só se difundiu no Ocidente a partir de 529, ano em que Bento de Núrsia fundou na Itália a Ordem dos Beneditinos e fixou as chamadas Regras de São Bento, segundo as quais os monges deviam fazer votos de pobreza pessoal,  de  obediência  e de  castidade (abstenção de relações sexuais).
                    A Ordem dos Beneditinos serviu de inspiração para várias outras ordens religiosas criadas na Idade Média, como a Ordem dos Franciscanos, a Ordem das Clarissas, a Ordem dos Dominicanos, a Ordem das Carmelitas e a Ordem dos Agostinianos.
    As Cruzadas
                    Desde o século V, cristãos europeus peregrinavam a centros religiosos, como Jerusalém e Santiago de Compostela, para pagar uma promessa, fazer um pedido ou como forma de penitência.
                    Em 1071, os turcos de religião muçulmana conquistaram Jerusalém e proibiram os cristãos de visitar o túmulo de Jesus. Reagindo a isso, em 1095, o papa Urbano II convocou os cristãos para uma guerra contra os “infiéis”, a fim de reconquistar a Terra Santa. Tinha início assim as Cruzadas: expedições militares que partiram da Europa, entre os séculos XI e XIII, a fim de combater os muçulmanos no Oriente.
                    Os participantes dessas expedições consideravam-se “marcados pelo sinal da cruz” e por isso bordavam uma cruz na roupa. Daí o nome de Cruzadas. As Cruzadas reuniram milhares de pessoas: homens, mulheres, crianças, nobres e camponeses, ricos e mendigos, civis e religiosos. Os nobres iam a cavalo e bem armados; a maioria, porém, ia a pé e sem armas. Os motivos das Cruzadas foram de ordem material, social e religiosa:
    •              as pessoas comuns esperavam obter a salvação eterna, pois a Igreja prometia aos participantes o perdão dos pecados;
    •              os nobres  esperavam obter terras e outras riquezas orientais;
    •              os mercadores  ambicionavam aumentar o comércio com o Oriente;
    •              os dirigentes da Igreja  queriam desviar a violência praticada pela nobreza guerreira, deslocando-a  para fora da Europa.

    Cruzadas e comércio

                    Ao final das Cruzadas o mundo já não era mais o mesmo. Entre as mudanças ocasionadas pelas Cruzadas, podemos citar:
    a)            o aumento do comércio entre o Ocidente e Oriente e entre as várias regiões da Europa;
    b)            a maior participação dos europeus no rico comércio de especiarias e artigos de luxo pelo Mediterrâneo, mar controlado anteriormente pelos muçulmanos;
    c)            o enfraquecimento da nobreza guerreira que se endividou montando as Cruzadas e, além disso, perdeu parte de seus membros e de seus trabalhadores, que também se engajaram nas expedições.
    Com a intensificação do comércio de curta e de longa distância, os comerciantes europeus e suas cidades prosperaram. Já a nobreza guerreira, até   então o grupo mais poderoso da Europa feudal, perdeu a força que tinha.

    Conhecimento e arte

                    O revigoramento do comércio e das cidades ocorrido a partir do século IX favoreceu mudanças na área do conhecimento e da arte; a necessidade de saber ler e calcular para  praticar o comércio; o clima de maior liberdade das cidades; o estreitamento do contato entre as pessoas de diferente regiões; tudo isso propiciou o surgimento de um novo tipo de escola, favorecendo também o avanço da ciência e a criação da universidade.

    A universidade

                    A universidade foi a criação medieval e pode ser definida como uma associação de professores ou de alunos com a intenção de buscar o conhecimento. A Universidade de Bolonha (Itália), por exemplo, foi criação de uma associação de alunos; já a de Paris (França) nasceu de uma associação de professores. A primeira se destacava na área do Direito, enquanto a segunda era forte em Medicina. Sabendo disso, os estudantes buscavam a que mais lhes interessasse.
                    A primeira universidade da Europa foi a de Bolonha (século XII); depois foram fundadas várias outras, como Oxford e Cambridge (Inglaterra), Paris e Montpellier (França), Salamanca (Espanha) e Coimbra (Portugal).
                    Dentro dos muros da universidade medieval, permitia-se a total liberdade de pensamento e de ensino. A universidade era formada geralmente por quatro faculdades: Artes, Medicina, Direito e Teologia.

    Crise, doenças e revoltas

                    Vimos que, entre os anos 1000 e 1300, a Europa prosperou, embalada pelo crescimento da população e das cidades. Nas primeiras décadas de 1400, no entanto, iniciou-se na Europa uma crise prolongada marcada pela fome, pela doença e por revoltas sociais.
                    Naquelas décadas, a oferta de alimento tornou-se insuficiente para atender a população, que crescia em ritmo acelerado. Ocorreram chuvas torrenciais seguidas de más colheitas, e áreas agrícolas passaram a ser usadas para a criação de ovelhas e extração da lã; isso ajuda a explicar por que, entre 1315 e 1317, uma crise de fome  matou milhares de europeus. Além disso, as condições de higiene na Europa eram péssimas: o lixo das casas era lançado às ruas, e não havia serviços de coleta, encanamento ou esgoto.  Fome e falta de higiene colaboraram para que um a terrível epidemia (doença que surge rapidamente num lugar e acomete, ao mesmo tempo, um grande número de pessoas), a “grande peste “, atingisse toda a Europa, desde Portugal, a oeste, até a Rússia, a leste.
                    A peste era transmitida por pulgas que picavam os ratos e, depois que picavam os ratos e, depois, os seres humanos. Calcula-se que, entre 1347 e 1350, a grande peste matou cerca de um terço da população europeia. Maior que essa doença só o medo causado por ela. Houve casos em que a população abandonou as cidades só por ouvir dizer que a peste vinha  chegando.

    Rebeliões  camponesas

                    Com as mortes provocadas pela fome, pela peste e pela Guerra dos Cem Anos, começou a faltar mão de obra nos campos, a produção agrícola diminuiu, acarretando prejuízos para a nobreza. Para compensar suas perdas, a nobreza aumentou o controle sobre os camponeses e os tributos pagos por eles.
                    Os camponeses, por sua vez, reagiam incendiando colheitas, fugindo e promovendo revoltas. Exemplos dessas importantes revoltas foram a Jacquerie, na França (1358), e a Revolta de Watt Tyler, na Inglaterra (1381).
                    Jacquerie é, na verdade, o nome de uma série de revoltas que explodiram nas proximidades de Paris e no interior da França, ao  mesmo tempo. Os milhares de  camponeses que delas participaram incendiaram castelos e mataram muitos nobres. Estes reagiram e, de posse de melhores armas e de treinamento militar, sufocaram a revolta, massacrando os rebeldes.
                    Liderados por Watt Tyller, cerca de 10 mil camponeses ingleses se dirigiram a Londres e exigiram do rei de seu pais, Ricardo II, o fim da servidão e  a diminuição dos impostos pagos por eles. Na presença dos rebeldes o rei concordou, mas, em seguida, voltou atrás e se uniu aos nobres, arrasando as aldeias camponesas.
                    Embora tenham sido massacradas pelos exércitos do rei e da nobreza, essas revoltas contribuíram para o enfraquecimento do feudalismo na Europa ocidental.
    Boulos Júnior, Alfredo. História: sociedade & cidadania – Edição reformulada, 7º ano – 2ª edição – São Paulo: FTD,

    ATIVIDADE DE APROFUNDAMENTO  –  MUDANÇAS NO FEUDALISMO

    1.       Identifique as principais mudanças ocorridas na Europa a partir do século XI.
    2.       Associe as inovações técnicas ocorridas na Europa a partir do século XI com o crescimento populacional.
    3.       Explique como ocorreu o revigoramento do comércio e das cidades a partir do século XI.
    4.       Identifique as duas principais rotas comerciais que surgiram a partir do século XI.
    5.       Comente sobre cada uma das rotas comerciais identificadas na questão anterior.
    6.       Comente sobre as chamadas feiras medievais.
    7.       Explique como surgiu a figura do cambista.
    8.       Esclareça como surgiram as novas cidades a partir do século XI na Europa.
    9.       Diferencie Corporação de ofício de Liga.
    10.    Identifique o objetivo das corporações de oficio e das Ligas.
    11.    Comente sobre as cartas de franquia.
    12.    Identifique e explique o s pilares de sustentação da força da Igreja Católica.
    13.    Explique o surgimento das ordem religiosas ( Clarissas, Franciscanos, Dominicanos, Carmelitas, Agostinianos).
    14.    Sobre as Cruzadas:
    a)       O que foram?
    b)      Quais foram suas causas?
    c)       Identifique os grupos participantes das Cruzadas.
    d)      Quais foram seus resultados?
    15.    Esclareça sobre os principais motivos das Cruzadas.
    16.     “Ao final das Cruzadas o mundo já não era mais o mesmo”. Explique esta afirmativa.
    17.     “O revigoramento do comércio e das cidades ocorrido a partir do século IX, favoreceu mudanças na área do conhecimento e da arte”. Comente esta afirmativa.
    18.    Faça um resumo do texto Crise, doenças e revoltas.




    TEXTO BÁSICO:    OS ÁRABES E O ISLAMISMO

                    A civilização árabe-muçulmana nasceu na Arábia, extensa península banhada pelo Mar Vermelho, a oeste, pelo Golfo Pérsico, a leste, e pelo Mar Arábico, ao sul.
                    Na Península Arábica, o clima é quente e seco. O território é formado por planícies áridas ou desertos enormes pontilhados de oásis, pequenas áreas cobertas de vegetação em razão da existência de água.

    Península Arábica no século VII

    A presença humana na Península Arábica é muito antiga. Até o século VII, os povos árabes viviam dispersos por essa península, cada qual com seus líderes e seu modo de viver.
                     No deserto viviam os beduínos, grupos nômades que criavam camelos, carneiros e cabras, animais capazes de sobreviver no clima quente e seco do deserto.
                    Próximo aos oásis viviam os agricultores que cultivavam plantas,  como a palmeira e a tamareira, cereais, como o trigo. Já os artesãos e os comerciantes residiam nas vilas e cidades. O grupo de maior prestígio era o de comerciantes.
                    No sudoeste, a região mais fértil da Península Arábica, estavam situadas as duas maiores cidades árabes da época, Meca e Yatreb.

    Meça, um centro religioso

    No início do século VII, Meca era o principal centro religioso da Arábia. Todos os anos durante alguns meses, os árabes suspendiam qualquer tipo de hostilidade para ir a Meca orar pedir e agradecer. As preces eram feitas ao redor da Caaba, templo religioso em forma de cubo que abrigava imagens de vários deuses, pois na época, os árabes eram politeístas. Dentro da Caaba estava, e ainda está, a Pedra Negra, que, segundo se conta, era branca, mas foi escurecendo por causa dos pecados das pessoas. Esse templo era controlados por ricos comerciantes  da tribo coraixita. Foi justamente em Meca que nasceu Maomé, o criador do islamismo.

    Maomé, o profeta do Islã

                    Maomé nasceu por volta de 570 numa família humilde da tribo coraixita; era menino ainda quando ficou órfão e foi morar com o avô no deserto, entre os beduínos. Aos 15 anos, no entanto voltou para a cidade de Meca e começou a trabalhar como condutor de caravanas, viajando para lugares distantes, como Síria e Palestina. Nessas viagens, entrou em contato com duas importantes religiões monoteístas: o judaísmo e o cristianismo.
                    Aos 25 anos, casou-se com uma viúva chamada Cadija; pouco tempo depois, interessou-se pela vida religiosa, passando a fazer retiros espirituais nas  montanhas da região. Conta-se que num desses retiros Maomé recebeu do arcanjo Gabriel uma revelação e começou a pregar que Deus é um só (Alá)  e que aqueles que o aceitassem podiam confiar na sua misericórdia.
                    Pregando a crença num Deus único e verdadeiro, Maomé foi reunindo a sua volta um grupo de seguidores, os muçulmanos. Isso desagradou muito aos comerciantes coraixitas, pois eles lucravam com a multidão de peregrinos que iam a Meca cultuar os deuses locais. Os comerciantes passaram, então, a perseguir Maomé, que, por isso, decidiu mudar-se de Meca para Yatreb, chamada depois de Medina, “cidade do profeta”. Esse episódio, conhecido como Hégira, ocorreu em 622, data que os muçulmanos usam como ano I de seu calendário. Oito anos depois, no entanto, Maomé e seus seguidores conquistaram Meca pela força das armas e destruíram as estátuas dos deuses locais, mas conservaram a Caaba. Esse fato marca o nascimento do Islã, palavra derivada do árabe que significa “submissão total a Deus”.
                    Meca tornou-se, desde então, a capital da religião muçulmana. Medina continuou capital política e residência de Maomé, que, em pouco tempo, passou a governar vasta região da Arábia. O dinheiro que alimentava a expansão vinha das doações e dos impostos cobrados dos que convertiam. Ao falecer, 632, Maomé já havia conseguido unir em torno do islamismo as populações árabes das cidades e do deserto; ao mesmo tempo, havia criado um Estado árabe.

    CORÃO,  O LIVRO SAGRADO DOS MUÇULMANOS
    Maomé não deixou nada escrito. Alguns dos seus seguidores, porém, anotaram o que ele dizia em suas pregações. Após sua morte, Abu Bakr, sucessor imediato de Maomé, ordenou que se reunissem todas as anotações, as quais estavam espalhadas por diferentes lugares. Assim, duas décadas após a morte do líder árabe, havia a versão do Corão considerada definitiva. Ao todo, o Corão possui 114 suras (capítulos) e mais de 6.200 versículos. O Corão foi traduzido para muitas línguas. Crianças ainda, os muçulmanos dedicam-se a sua leitura.

    Islamismo
    A religião criada por Maomé é chamada islamismo, e seu princípio fundamental é a crença num único Deus (monoteísmo). O islamismo é uma religião simples, e este é, com certeza, um dos motivos de sua rápida expansão pelo mundo. Todo muçulma­no deve:
    ·   crer em um só Deus (Alá) e seguir os ensinamentos de Maomé, seu mensageiro;
    ·   orar cinco vezes ao dia com o rosto voltado para Meca;
    • jejuar durante os trinta dias do Ramadã (mês do jejum). O fiel não deve ingerir alimento nem água, do nascer ao pôr do sol;
    ·   dar esmolas proporcionais aos bens que possui;
    ·   ir a Meca ao menos uma vez na vida.

    XIITAS E SUNITAS
    Com a morte de Maomé, em 632, ocorreram violentas disputas entre seus sucessores, os califas. Os quatro primeiros califas foram eleitos entre os parentes de Maomé. Em 661, o quarto califa, de nome Ali e genro de Maomé, foi assassinado. Os muçulmanos então se dividiram quanto à sucessão: uns defendiam que somente um membro da família de Maomé podia sucedê-lo; para outro i o não era necessário.
    A vitória nessa disputa coube a um governante da Síria que não era parente de Maomé. A minoria dos muçulmanos revoltou- e, pois queria que o sucessor fosse um dos filhos do califa assassinado. Essa minoria formou a seita xiita, para a qual só os parentes de Maomé podem liderar os muçulmanos. Além disso, os xiitas acreditam que o líder (político e religioso) possui uma proteção divina contra o erro e o pecado.
    A maioria dos muçulmanos, por sua vez, formou a seita sunita. Atualmente os sunitas são maioria em quase todos os países muçulmanos. O Irã e o Iraque estão entre os poucos países muçulmanos de maioria xiita.

    A expansão islâmica
    Após a morte de Maomé, os primeiros califas partiram para a con­quista de terras e homens para o islamismo. A justificativa para a con­quista era a jihad, guerra santa contra os infiéis, ou seja, contra as pessoas de outras religiões. O que movia os árabes muçulmanos era o interesse em expandir o comércio e a crença de que quem morresse
    lutando pela expansão do islamismo ganharia o paraíso.

    A conquista de terras e pontos-chave do comércio internacional pelos árabes se deu numa velocidade espantosa; em cem anos - a contar da morte de Maomé - for­maram um Império imenso, que ia desde as fronteiras da China, a leste, até o nordes­te de Portugal dos dias atuais.

    O islamismo hoje
    O islamismo é hoje a segunda maior religião do mundo, e os muçulmanos pare­cem estar prestes a passar os católicos em número de seguidores. Com base em da­dos de 2005, existem hoje 1 bilhão, cento e quinze milhões de católicos no mundo, o equivalente a 17,3% da população mundial; já o número de muçulmanos no mes­mo ano foi avaliado em 1 bilhão, cento e doze milhões, ou seja, 17,2% da população mundial.

    O  Comércio Árabe
                    Desde os tempos de Maomé, os árabes já se destacavam como comerciantes. Com a formação e a expansão do Império Islâmico, o comércio árabe cresceu de modo ex­traordinário. Agindo como intermediários entre o Oriente e o Ocidente, os árabes transportavam e vendiam, sobretudo, artigos de luxo, como tapetes, sedas, armas, móveis, joias e as especiarias do Oriente (pimenta, cravo, canela, mostarda etc.), muito cobiçadas na Europa. Suas caravanas levavam artigos da Índia e da China até os portos do Mediterrâneo, de onde eram distribuídos para diversos pontos da Europa.
    Os árabes também praticavam o artesanato nas principais cidades do Império: 
    Damasco, na Síria, era conhecida por seu tecido estampado; Marrakesh, no norte da África, por sua produção de couro; Bagdá, no atual Iraque, por seus vidros, joias e sedas. .
    Entre os gêneros agrícolas que a Europa, e depois a América, conheceu por intermédio dos árabes estão o café, a cana-de-açúcar e o algodão.

    A Cultura Islâmica                    

    A civilização árabe medieval foi, sobretudo, urbana e comercial. Com o comércio, os árabes promoveram a circulação de ideias e conhecimentos; foram eles que intro­duziram na Europa a bússola, o papel e a pólvora, inventados pelos chineses. Além disso, produziram conhecimento, sobretudo no campo da Medicina, da Matemática e da Química.
    Na Medicina descobriram o contágio por meio da água, da comida e das roupas e identificaram as causas de várias doenças contagiosas, como a varíola e o sarampo

    Por meio da prática da alquimia, os árabes inventaram o sabão e descobriram novos compostos, como o álcool e o ácido sulfúri­co que têm hoje várias aplicações na indústria; tais avanços con­tribuíram para o desenvolvimento da Química como ciência. Na literatura, os árabes muçulmanos revelaram-se imaginosos, como se pode concluir lendo As mil e uma noites, coletânea de histórias persas, chine­sas e árabes mundialmente conhecidas.

    OS ÁRABES E A MATEMÁTICA

    O sistema de numeração do nosso dia a dia foi inventado na Índia, mas foram os árabes que o aperfeiçoaram e divulgaram; por isso é chamado de indo-arábico, daí também os números que usamos serem chamados de algarismos arábicos.

    Veja o que uma historiadora diz sobre o assunto:

    "Os romanos tinham um sistema de numeração que [...] não permitia operações complexas. Era possível adicionar e subtrair, mas era muito difícil realizar operações que nos parecem elementares, como a multiplicação e a divisão [...]. Os romanos nunca chegaram, de fato, à ideia que está na base do sistema de numeração arábico: o valor de um algarismo, inclusive o zero [...], depende do lugar que ocupa em um número: por exemplo, no número 222, o algarismo 2 representa sucessivamente duzentos, vinte e dois, isto é, centena, dezena, unidade."


    FRUGONI, Chiara. Invenções da Idade Média: óculos, livros, bancos, botões e outras inovações geniais.
     Rio de Janeiro; Jorge Zahar, 2007. p. 48.

    Foi o matemático árabe Al-Khwarismi quem primeiramente utilizou os algarismos indo-arábicos. Imagine como daria trabalho fazer uma simples conta de subtrair usando os algarismos romanos:
    CXX - XXXII = LXXXVIII
                                                                               120 - 32 =                           88


    Fonte: BOULOS Júnior, Alfredo – História : Sociedade e Cidadania, 7° ano –
    São Paulo. FTD, 2009. p. 40 a 50.





    ATIVIDADE DE APROFUNDAMENTO

    1.       De que maneira as características físicas e geoclimáticas influenciaram na economia do povo árabe?
    2.       Mesmo antes da fundação do Islã Meca era importante. Explique esta afirmativa.
    3.       Explique os motivos para a perseguição sofrida por Maomé.
    4.       Explique porque o Corão ou Alcorão é o livro sagrado do islamismo.
    5.       Identifique os cinco pilares do Islã.
    6.       Caracterize os SUNITAS e XIITAS.
    7.       Comente sobre o islamismo hoje.
    8.       Comente sobre  a jihad.
    9.       Comente sobre a expansão do comércio árabe.
    10.    Identifique os principais produtos comercializados pelos árabes no comércio internacional.
    11.    Comente sobre a literatura árabe.
    12.    Comente sobre a contribuição dos árabes para a ciência (química, matemática etc).







Nenhum comentário:

Postar um comentário

“O talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe vence campeonatos”. (Michael Jordan)

Mensagem aos alunos

Queridos alunos, Devido ao período de quarentena e necessidade de isolamento social, nossa escola encontra-se fechada até o dia 31/05/20...

Deu ibope!