PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL ROZENDA ZANE MORAES
AS EXPLICAÇÕES SOBRE A ORIGEM DO MUNDO
Durante
o século XIX, foram realizados vários estudos científicos sobre a origem da
Terra e das espécies animais e vegetais. As hipóteses que se tornaram mais
aceitas afirmam que a história da Terra é incrivelmente antiga. Tão antiga que
não é possível registrá-la na nossa contagem cotidiana de tempo, ou seja, não
podemos medi-la em horas, dias, semanas, meses. Nem mesmo em décadas ou
séculos!
Para
compreender a formação da Terra, precisamos recorrer a escalas de tempo de
milhares, milhões e até bilhões de anos. Chamamos essa contagem de tempo geológico, que se divide em eras,
períodos, épocas.
O
Sol, a Terra e os demais planetas e astros do nosso sistema solar formaram-se
de uma nuvem de poeira e gases
pertencente à Via Láctea, nossa galáxia, por volta de 4,6 bilhões de anos
atrás.
No
início, a temperatura da Terra era tão alta que sua superfície compunha-se de
um mar de rochas e metais derretidos. Ao longo de muitas centenas de milhões de
anos, a superfície terrestre foi esfriando e se solidificando.
Lentamente
foi surgindo a crosta terrestre, pontilhada de vulcões por onde eram expelidos
gases que formaram a atmosfera. O vapor de água condensado deu origem às
chuvas, que formáramos oceanos e os mares. Nessas, águas apareceram as
primeiras formas de vida, como as bactérias e as algas verdes, há cerca de 3,5
bilhões de anos. As plantas e os animais mais complexos teriam surgido há 570
milhões de anos, aproximadamente.
OS PRIMEIROS POVOADORES DA TERRA
ORIGEM
DO HOMEM
Criacionismo: modelo de explicação para a origem de tudo que
existe no universo. Seus defensores, acreditam que a vida e todas as coisas
existentes foram criadas por um Deus superior e eterno.
Evolucionismo: teoria escrita pela ciência para compreender como
surgiu a enorme diversidade de seres vivos que habitam a Terra. Teoria que
defende que as espécies de seres vivos passam por mudanças ao longo do tempo,
diversificando e dando origem a novas espécies.
CHARLES
DARWIN
Em 1859, Charles
Darwin publicou um livro que abalou o mundo. Conhecido como A ORIGEM DAS
ESPÉCIES, o livro detalha o processo de
seleção natural e traz a ideia revolucionária de que o ser humano também é
resultado do processo de evolução por seleção natural.
PALEONTOLOGIA
A
palavra paleontologia origina-se do grego palaios (“antigo”), ontos (“ser”) e
logo (“estudo”, “conhecimento”). Paleontologia é a ciência que estuda os seres
antigos, e o paleontólogo é um cientista que estuda os fósseis.
O termo fóssil origina-se do latim fossile, que significa "extraído da
terra". Os fósseis são restos de animais e plantas que se conservaram
acidentalmente por milhares e até milhões de anos. A maioria dos restos se
decompôs e desapareceu, mas outros foram preservados por terem se transformado
em rocha (petrificados ou por terem ficado imersos em gelo,
resina ou lama).
Por
meio da paleontologia, podem-se levantar hipóteses sobre a vida dos seres vivos
no passado distante.
Os
paleontólogos são especialistas em procurar fósseis. Podem ser ossos, dentes,
garras, excrementos ou plantas.
Para
realizar seu trabalho, o paleontólogo precisa de ferramentas adequadas e da
permissão do proprietário das terras onde serão feitas as escavações. Os
instrumentos de trabalho do paleontólogo são: mapas geológicos, que ajudam na
localização, identificação e datação das rochas; um diário de campo, onde são
feitas as anotações sobre os achados; martelo geológico, utilizado para quebrar
rochas; cinzéis e pequenos martelos para extrair os fósseis das rochas;
espátulas que ajudam a remover areia dos fósseis em sedimentos moles; e
capacete de segurança.
O estudo
científico dos fósseis teve origem no século XVII. Antes disso, os fósseis eram
associados a muitas lendas. Os de ouriço-do-mar, por exemplo, foram
considerados pedras mágicas que caíam
durante tempestades. Os chineses antigos moíam fósseis para fabricar remédios.
Os paleontólogos dividem seus achados em macrofósseis
[fósseis completos de animais de grande porte] e microfósseis [fósseis menores
ou incompletos]. Dos fósseis encontrados no fundo do mar, são comuns os de estrelas-do-mar,
conchas, caramujos, corais e plantas. A areia e a lama do solo oceânico se
depositam sobre os organismos dos seres vivos, processo que preserva as partes
rijas de animais e plantas.
Achar um macrofóssil é dos maiores sonhos dos
paleontólogos. Alguns exemplares de macrofóssil de mamute foram encontrados no
solo gelado da Sibéria. Esses animais possuíam um couro peludo que lhes
permitia suportar o frio intenso, cascos adaptados para andar na neve e sistema
digestório adaptado para digerir gramíneas e musgos encontrados sob o gelo.
Quando a última era glaciária começou a dar lugar a um clima mais temperado, os
mamutes entraram em extinção, pois não se adaptaram às novas condições
climáticas.
Fonte: História Temática (Tempos e Culturais)
– Cabrini –
Catelli - Montellato
ARQUEOLOGIA
O trabalho do arqueólogo
A palavra arqueologia vem do grego archaio
("antigo", "primitivo") e lagos ("estudo",
"conhecimento"). É uma ciência que estuda diversas culturas, desde o
surgimento da espécie humana até o momento presente. Como se faz isso?
Ao estudar sociedades que desapareceram, o arqueólogo
procura descobrir como era o espaço habitado e o modo de vida desses grupos.
Para isso, pesquisa os vestígios materiais, ou seja, quaisquer sinais concretos
deixados por eles: ruínas, objetos, esqueletos, etc.
Os artefatos encontrados são documentos da cultura
material. Os cientistas sociais, antropólogos, historiadores e sociólogos
também se utilizam desses documentos para estudar as sociedades antigas, muitas
das quais não desenvolveram nenhuma forma de escrita.
No caso dos grupos que não conheciam a linguagem
escrita, como os nativos sul-americanos, africanos ou das ilhas do Pacífico,
buscam se utensílios, conchas, ossos e esqueletos de animais e humanos,
fragmentos de fogueiras, armas, pinturas feitas nas paredes das grutas e
cavernas, esculturas, etc.
Isso não quer dizer que a pesquisa arqueológica não se
aplique também às sociedades que desenvolveram a escrita, pois além dos
documentos escritos, estudam-se as construções, inscrições, vestimentas e
qualquer outro vestígio que possa contribuir para a reconstituição de seu modo
de vida.
Sempre em busca de respostas, o pesquisador enfrenta
um trabalho semelhante à montagem de um quebra-cabeça.
Esse trabalho desenvolve-se principalmente no sítio
arqueológico, local em que se realiza a pesquisa e a coleta de material. É o
chamado trabalho de campo. O arqueólogo registra exatamente onde o fóssil ou o
objeto permaneceram por centenas ou milhares de anos.
Além do trabalho de campo, a pesquisa arqueológica se
complementa com o trabalho de laboratório. Para analisar os materiais, são
utilizados recursos tecnológicos modernos, como simulações computadorizadas,
raios X, análises clínicas de tecidos e ossos, etc.
Aos poucos, os arqueólogos recompõem partes da
história da sociedade até então desconhecida: formas de alimentação, relações
de trabalho, transformações das técnicas de fabricação de cerâmica, de
metalurgia, de agricultura, etc. É possível determinar movimentos migratórios,
relações de comércio, vestuário, moradia e até mesmo fazer suposições sobre a
vida religiosa, por meio do estudo dos monumentos de culto e da arte rupestre.
Ao iniciar o trabalho, os pesquisadores anotam num
diário de campo todos os passos seguidos. Nele, registram desde a organização
da viagem até as hipóteses levantadas sobre o material encontrado. Sem o
registro, corre-se o risco de perder informações que não foram julgadas
importantes inicialmente.
Fonte: História Temática (Tempos e Culturais)
– Cabrini –
Catelli - Montellato
TEXTO 02
TEXTO BÁSICO:
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA
·
A
história e o historiador
A
história é a ciência que estuda tanto o passado quanto o presente.
Os
acontecimentos do passado são importantes quando eles ajudam explicar o
presente.
·
Os
historiadores realizam a pesquisa histórica de duas maneiras.
A
primeira é investigando as TRANSFORMAÇÕES ocorridas nas sociedades ao longo do tempo.
A
outra é buscando os traços dessas mesmas sociedades que não mudaram, ou seja,
as
PERMANÊNCIAS.
·
As
pessoas deixam muitas marcas da sua existência em determinado lugar e em
determinada época. Quando utilizadas pelos historiadores em suas pesquisas,
essas marcas recebem o nome de FONTES HISTÓRICAS.
As
fontes históricas podem ser classificadas em:
Ø
Fontes
históricas materiais (documentos pessoais, livros, fotografias, roupas, cartas,
pinturas, monumentos);
Ø
Fontes
históricas imateriais (músicas, lendas, línguas, crenças etc.).
·
Múltiplas
versões
·
A
pesquisa histórica é um trabalho interdisciplinar, ou seja, envolve
profissionais especializados de diversas áreas, como antropólogos,
paleontólogos, arqueólogos, linguistas, advogados, biólogos, médicos, geógrafos etc.
·
Quem
faz a História?
As
pessoas como eu você, seu professor, a diretora, o prefeito etc.; grupos, como
o dos idosos, o dos soldados, o dos artesãos, o dos pobres, o dos ricos, o das
mulheres etc.; e instituições sociais, como a Igreja, a Câmara dos Deputados, o
Exército etc.
Podemos
dizer que você, eu, sua professora, seus parentes, os artistas, os políticos, a
Igreja e o Exército, todos nós, portanto, somos SUJEITOS da História.
·
Cultura
material ou imaterial
Podemos
definir CULTURA MATERIAL como o conjunto de objetos (tecidos, instrumentos de
trabalho, meios de transporte, adornos, habitações entre outros), produzido
pelos seres humanos de uma determinada sociedade.
Já
a CULTURA IMATERIAL é tudo aquilo que é produzido pelo ser humano mas não é
palpável, ou seja, não pode ser pego como, por exemplo, o modo de fazer uma
comida, uma brincadeira, uma festa, um ritual etc.
· Cada
povo tem sua cultura, isto é, um jeito próprio de se vestir, se alimentar, de
construir moradias, de fazer festa, de agir e de pensar. As culturas são diferentes
entre si; apenas isso. Não há cultura superior à outra.
·
Rir
das pessoas que tem cultura diferente da nossa é adotar uma postura
ETNOCÊNTRICA, isto, julgar o diferente, o “outro” com base em nossos valores e
princípios.
·
Quando
rimos de uma pessoa ou um grupo que tem hábitos diferentes dos nossos estamos
na verdade ignorando a sua cultura e, com isso, estamos cometendo
ETNOCENTRISMO. Quase sempre o que leva uma pessoa a ter atitudes etnocêntricas
é a ignorância; o desconhecimento da cultura das pessoas que ela ridiculariza.
TEMPO
·
Os
primeiros homens e mulheres já notavam a passagem do tempo e os ciclos da
natureza, observando os fenômenos naturais.
Os fenômenos naturais tornaram-se referências para as ações do dia a dia
desses homens e mulheres.
·
Para
organizar as tarefas do dia a dia, os seres humanos criaram UNIDADES DE MEDIDA
do tempo, como hora, dia, mês, ano,
século.
·
Os
grupos humanos criaram objetos para medir o tempo (relógios e
calendários).
·
É
importante lembrar que as tradições e as crenças de um grupo de pessoas
interferem no modo como elas organizam e marcam o tempo.
·
O
tempo também podia ser marcado tendo como referência algum grande acontecimento
da história de uma sociedade.
CALENDÁRIOS
·
Não
existe um único calendário para todos os povos.
·
O
calendário cristão é o mais utilizado no Brasil, assim como em todo o mundo
ocidental.
·
O
evento que marca o início do calendário cristão é o nascimento de Jesus Cristo,
considerado o ano I da Era Cristã.
·
Os
anos anteriores ao nascimento de Cristo são contados de forma decrescente e vêm
acompanhados da sigla a.C (antes de
Cristo). Os anos posteriores ao nascimento de Cristo são identificados com
a sigla d.C. (depois de Cristo). Nesse
caso, no entanto, não é necessário colocar a sigla após o ano.
·
Para
melhorar organizar a contagem do tempo, utilizam-se algumas medidas, tais como:
milênio, século, quartel e décadas.
·
Além
do calendário cristã, existem outros
calendários, que adotam
diferentes convenções para marcar o seu início. Podemos destacar os calendários:
Judaico e Islâmico.
·
No
judaísmo, o calendário se inicia na data em que, para os judeus, Deus criou o
universo. Esse fato teria ocorrido no ano de 3760 a.C. do calendário cristão.
·
Para
os muçulmanos, o marco inicial do calendário é a fuga do profeta Maomé para
Medina, ocorrida no ano de 622 do calendário cristão.
COMO ENCONTRAR O SÉCULO DE UMA DETERMINADA DATA?
·
Para
descobrir o século, podemos utilizar duas operações:
Se
o ano acaba em 00, basta eliminar os
zeros e temos o século.
Quando
o ano não termina em dois zeros, retiramos os dois últimos algarismos e somamos
um (+1) ao número que sobrar.
DIA e ANO
O
dia e o ano são unidades de tempo baseadas na natureza.
O
dia corresponde, aproximadamente, ao tempo que a Terra leva para dar uma volta
completa em torno de si mesma (movimento de rotação)
O
ano corresponde ao tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno
do Sol (movimento de translação).
DIVISÃO TRADICIONAL DA HISTÓRIA
·
Para
facilitar o estudo do passado, historiadores europeus dividiram a história em
cinco grandes períodos: Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna
e Idade Contemporânea.
·
É
bom lembrar que essa divisão não se aplica à história de todas as sociedades do
mundo.
TEMPO HISTÓRICO
·
A
história não é a mesma para todos os
povos do planeta, afinal cada um deles tem uma trajetória e um modo de vida
próprios. Em um mesmo tempo cronológico, existem povos vivendo em tempo
históricos diferentes. É a história particular de cada povo que explica seu
modo de viver, relacionar-se, pensar e sentir.
FONTES: 1. BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História Sociedade & Cidadania – 6ºano
– São
Paulo : Editora FTD , 2012 – p.10-37
2. Projeto Araribá - História
– 6º ano – São Paulo: Editora
Moderna , 2010 - p. 12-21
3. RODRIGUES, Joelza Esther -
Projeto Athos – História –- 6º ano – São
Paulo: Editora FTD, 2014 – p. 14-22
AULA
1
O Que é História? Introdução aos Estudos Históricos
AULA 2
Fontes Históricas ou Documento Histórico
AULA
4
Fatos Históricos
Fatos Históricos
AULA
5 E 6
Tempo Histórico e Tempo Cronológico
Atividades:
Os(as) alunos(as) deverão:
a)
Assistir
aos vídeos acima com bastante atenção, fazendo algumas anotações.
b)
Ao terminar de assistir aos vídeos, organizar as
anotações feitas em forma de um texto resumo no caderno.
c)
Identificar no resumo produzido o título do
vídeo.
Olá Professor,Sebastião!
ResponderExcluirOs textos podem ser impressos e colados no caderno ou a aluna tem que copiar?
Att,
Mariely (mãe da aluna Juliana Macedo Prates).
OS textos necessariamente não precisam ser impressos. A aluna poderá responder as questões no caderno. Com relações as outras atividades propostas também pode fazer os registros no caderno. No primeiro momento é importante que os alunos tenham contato com os vídeos e os textos. Um ajudará compreender o outro.
ExcluirOiii , sou sua aluna , Larissa Longuinhos Souza Lino , vou impresar viu
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